Terça, 14 Julho 2015 09:19

Mercado da beleza está em alta, mesmo em tempos de crise

Em tempos de crise econômica, o assunto que mais se ouve é a falta de dinheiro.

 

Com isso, cai o consumo, reduzem-se as vendas e fecham-se postos de trabalho.

 

Porém, o setor da Beleza e Cuidados Pessoais é um dos poucos a manter a previsão de crescimento, ainda que em patamares menores. “O segmento de salões de beleza vai crescer com certeza, mas menos, próximo a 5%, contra a média anual de 11% de antes”, prevê Kirley Boff, um dos sócios proprietários da Rede Lady&Lorde e vice-presidente da Associação Brasileira dos Salões de Beleza (ABSB). 

 

Sendo o terceiro maior mercado consumidor de produtos ligados à beleza, o setor de higiene e cosméticos no Brasil cresceu 11% no ano passado, com um faturamento de R$ 101,7 bilhões, de acordo com a Euromonitor. Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio ao Micro e Pequeno Empresário (Sebrae) aponta que, por mês, sete mil novos salões são abertos no país. 

 

Esse avanço, segundo Boff, está associado ao baixo custo e facilidades que existem para se abrir um pequeno salão. “Com R$ 15 mil, R$ 20 mil já para você abrir um salão com duas a três cadeiras para atendimento”, diz. Apenas em Curitiba e Região, há mais de 10 mil salões que empregam diretamente cerca de 45 mil trabalhadores, segundo o último levantamento.

 

 

Boff explica que esse fenômeno de crescimento do setor mesmo em tempos de crise deu origem a um estudo estadunidense, chamado de Economia do Batom. O levantamento aborda as motivações para que, em momentos de crise, as pessoas cortem ou adiem alguns gastos, como a troca do carro, a viagem dos sonhos, as idas em restaurantes e bares, compras em shoppings, mas não deixem de comprar um shampoo, um creme para hidratar o cabelo, ou um perfume. “Estes são quesitos importantes para a autoestima, o cuidado pessoal e o bem-estar”, diz.

 

O diretor de Vendas Sul/Sudeste da Natura, Daniel Levy, por exemplo, explica que a força do mercado da beleza está no cenário diversificado brasileiro, daí a necessidade de se manter investimentos sempre fixos em inovação e busca de parcerias. “Por isso nossos investimentos em inovação passaram de R$ 154 milhões em 2012 para R$ 216 milhões em 2014. O número de lançamentos mais que dobrou entre 2012 e 2014: subiu de 104 para 239 e o índice de inovação (parcela da receita obtida com lançamentos dos últimos dois anos) subiu de 67,2% para 67,9% nos últimos dois anos”, afirma. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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