Em Nova Aurora, 70 quilômetros de Cascavel, quem se envolve em algum ferimento reclama da demora e do excesso de questionamentos da central, que fica em Cascavel. Em muitos casos, a ambulância do Município é solicitada, em virtude da dificuldade para passar pela triagem.
O servidor público José Prudêncio dos Santos é motorista de ambulância da prefeitura. Ele atua há três décadas no cargo e constata pelos pacientes a demora para conseguir atendimento do Samu. “As pessoas precisam de um serviço rápido, que a ambulância chegue rápido, mas na central eles perguntam muito, e geralmente quem liga não sabe ao certo como explicar o estado da pessoa que precisa de atendimento”, relata o motorista.
As falhas na linha telefônica também dificultam o atendimento. Durante as solicitações, as chamadas não são concluídas até a central que fica em Cascavel.
Em Capitão Leônidas Marques, 60 quilômetros de Cascavel, a população aponta as mesmas complicações na hora de acionar o serviço. Ainda há dúvidas em relação a responsabilidade do atendimento, e a Secretaria de Saúde acaba tendo que interferir nos procedimentos. “São necessários ajustes e o atendimento está aquém das expectativas. A burocracia é grande”, alerta o secretário de Saúde, Carlos Roberto da Silva.
A dificuldade foi compartilhada por outros gestores públicos durante um congresso em Maringá. O maior problema estaria no órgão regulador. “Em casos mais graves, um leigo nem sempre sabe como avaliar a situação. Não tem obrigação disso. Em determinados acidentes não fica visível que há fatores graves. Com a triagem para o encaminhamento adequado de uma ambulância pode ocorrer falhas graves. Temos participação financeira significativa, mas a resposta está aquém do esperado”, relata o secretário de Saúde.
AVALIAÇÃO
O serviço foi ativado há um mês e 20 dias e é mantido pelo Consamu (Consórcio Intermunicipal Samu Oeste). As bases implantadas abrangem 866,1 mil habitantes, de 43 cidades, da 10ª e 20ª Regionais de Saúde. As estruturas não estão totalmente adequadas e são reformadas aos poucos.
Em Palotina o prédio ainda está em construção e Marechal Cândido Rondon a obra será entregue na semana que vem. Mesmo assim, o atendimento está em andamento. “Reconhecemos algumas falhas, mas todas ajustadas aos poucos. Estamos com bases com pequenos ajustes e reformas estruturais”, diz o secretário-executivo do Consamu Oeste, José Peixoto da Silva Neto.
Em relação ao atendimento, Peixoto afirma que precisam ser atendidos os critérios estabelecidos na triagem. “Quando é feita a ligação, o telefonista transfere ao médico que avaliará a situação e definirá que ambulância será deslocada”.
Via Iguaçu Noticias