Sexta, 23 Maio 2014 10:05

Paraná - Crimes cibernéticos crescem até 400% por ano

A internet se tornou um “quintal para a ação de bandidos”. Escondidos atrás do monitor, os criminosos ocultam suas verdadeiras identidades e cometem e/ou coletam informações para todo o tipo de crime, desde furtos digitais e estelionatos até pedofilia e homicídios.

 

 

Não é toa, a cada ano cresce de 380 a 400% o número de crimes cibernéticos, conta o delegado Demétrius Gonzaga de Oliveira, titular do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), da Polícia Civil do Paraná. 

 

Isso acontece pela facilidade que a internet permite do golpista poder atuar em todo o País e até no exterior a partir de um terminal, e também pelo aparente anonimato. Mas se engana quem acha que é impossível ser descoberto.

 

Criado em 2006, o núcleo, com sede no centro de Curitiba, o núcleo já atendeu 32 mil ocorrências, e comemora os bons resultados. Em 2010, a porcentagem de casos resolvidos era de 70%. Neste ano já alcançou impressionantes 92%, fruto do aperfeiçoamento da unidade nos últimos anos, com a chegada de novos equipamentos e o fortalecimento do quadro da especializada. E as estatísticas poderiam ser ainda melhores.

 

“Os casos que não conseguimos resolver ocorrem porque as empresas não querem nos fornecer respostas ou porque ‘bate’ em servidores em outros países que não tem tratado ou convenção com o Brasil”, explica o delegado.

 

O Nuciber trata de todo tipo de caso em que o criminoso se vale da tecnologia para praticar o crime, ou ainda quando ele utiliza a internet para comemorar porque conseguiu fugir da lei ou para se comunicar com outros bandidos. Um dos casos mais emblemáticos foi o de um homem que havia estuprado oito mulheres no Paraná. “Todo mundo sabia que era ele quem tinha cometido os crimes e já tinha até a condenação. Através do Orkut, descobrimos este sujeito tirando fotos e comemorando em Paris”, lembra Oliveira.

 

Entre os crimes mais comuns, destacam-se aqueles contra o patrimônio, que envolvem desvios de dinheiro de contas bancárias e estelionatos e que representam 65% do total. Portanto, se for fazer compras online, fique atento. “Existem muitas empresas novas abertas por criminosos. Elas funcionam de 15 a 30 dias, aplicam golpe para tudo o que é lado e depois somem. A probabilidade de ter problemas com uma loja desconhecida é de pelo menos 50%”, alerta o delegado do Nuciber.

 

Em seguida vêm os crimes contra a honra, como injúria e calúnia, com 25%. E é aí que reside um dos maiores perigos. “Não é bom ficar se exibindo nas redes sociais, mostrando bens materiais, onde os filhos estudam. Os adolescentes, inclusive, são grandes facilitadores para o vazamento de informação pessoal que acaba caindo na mão de bandidos e sendo usada para crimes como sequestro e homicídio”, conta Demétrius. Por fim, há os crimes como pedofilia e incitação ao crime, considerados prioritários, mas que são minoria, com 10%.

 

Crimes contra o patrimônio:

Instale o pacote de segurança no computador

Evite utilizar computadores em lanhouses e cybercafés

Procure fazer conexões restritas, evitando redes wireless públicas

 

Estelionato - compras online: 

Procure informações sobre a empresa

Saiba se há alguém da loja com quem possa manter contato

Sempre desconfie de preços muito baixos

Utilize fontes seguras de pagamento

 

Crimes contra a Honra

Não disponibilize muita informação pessoal e imagens

Não fique exibindo bens materiais

Não informe os locais por onde voc anda

 

Conhecendo pessoas online 

Crie vários pontos de localização com a pessoa

Não forneça muitos dados pessoas

Aos poucos vá angariando informação sobre o novo amigo

 

 

 

 

 

 

Via Bem Paraná

 

 

 

 

 

 

Veja também:

Entre para postar comentários