De acordo com a Sesa, com exceção de Paranaguá e Assaí, nas quais a população de 9 a 44 anos poderá ser imunizada, em função do alto índice de infestação, os 28 municípios restantes concentram esforços para imunizar o grupo de 15 a 27 anos.
Para a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Cleide Oliveira, permanece inalterado o objetivo de atingir 80% de cobertura vacinal. E novas estratégias para ampliar a adesão do grupo serão adotadas. "Começamos em Paranaguá, e até a semana que vem Londrina também contará com equipes volantes que irão levar as doses em locais de concentração do público-alvo, sobretudo os jovens que não costumam buscar os serviços de saúde", revelou.
Serão 15 equipes volantes que atuarão nos municípios com menor adesão, como é o caso de Londrina e Maringá. "Os municípios menores, como Assaí, estão com dois dígitos de imunização. A dificuldade de sensibilização está nas cidades maiores", admitiu.
A ação começou em Paranaguá na semana passada, com apoio da prefeitura, Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), Câmara Municipal e instituições educacionais, comerciais, religiosas e culturais. "Na última sexta-feira, por exemplo, um grupo teatral que estava se apresentando em Paranaguá permitiu que durante a apresentação de uma peça uma equipe da Sesa participasse da cena e vacinasse uma das personagens para sensibilizar o público. Ao final do espetáculo, vacinamos parte dos 800 espectadores que se dispuseram a receber a dose. Quem tem direito à dose gratuita precisa ter ainda mais consciência que esse ato de prevenir a dengue não beneficia apenas o indivíduo, mas é uma ação de solidariedade, pois interrompe a transmissão", ressaltou Cleide.
Segunda semana
O segundo boletim do período epidemiológico iniciado este mês, e divulgado nesta terça pela Sesa, trouxe apenas uma confirmação de dengue em Londrina. O levantamento mostrou ainda que subiu de 208 para 355 o número de notificações da doença em todo o Paraná. Também foram registradas sete notificações de chikungunya e cinco de zika. "Essas primeiras semanas trazem registros que podem sofrer muitas alterações, já que são 60 dias para que tais notificações sejam confirmadas ou descartadas", ponderou o coordenador da sala estadual de situação da dengue da Sesa, Raul Bely.
Ele chama atenção para o fato do mapa epidemiológico já apontar risco médio em 11 das 19 estações meteorológicas do Estado no que tange às condições climáticas favoráveis à reprodução e desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. "Norte, Noroeste e Oeste já estão com risco médio e daqui a três semanas ingressaremos na primavera. É fundamental que o cidadão mantenha a inspeção semanal", alertou.
Por Magaléa Mazziotti
