As cotações do cereal dispararam no último mês porque, além de não haver grandes estoques do cereal colhido em 2015, indústrias de carnes e fabricantes de ração demandaram trigo para substituir o milho, cujos preços subiram ainda mais. Grandes empresas têm disputado com moinhos o pouco trigo com qualidade para panificação que resta neste período de entressafra no Brasil. "Há mais de 20 anos não víamos essa disputa entre granjeiros e moinhos", afirmou Saigh.
A alta em tão curto espaço de tempo surpreendeu os moinhos, que não tinham estoques longos do produto nacional. Desde o ano passado, devido à queda do consumo interno dos derivados de farinha, a indústria tem evitado alongar os estoques. Saigh estima que o volume de trigo nos armazéns dos moinhos brasileiros seja 30% menor que em igual época do ano passado.
Ainda é cedo para uma afirmação, mas a alta do trigo pode impactar também no pãozinho francês mais para a frente. Os próximos dias deve mostrar como o mercado deve reagir. (Com Bem Paraná)