Entre janeiro e novembro deste ano, 35.955 empresas fecharam no Estado, número cerca de 40% maior que no mesmo período de 2014, quando 25.316 empresas deram baixa na Junta Comercial do Paraná (Jucepar). O número de empresas criadas nos dois anos são semelhantes, ambos na casa dos 43 mil.

Os últimos dados do Departamento de Imposto Sobre Serviços (ISS) da Secretaria Municipal de Finanças de Curitiba também mostra uma alta no número de fechamentos de empresas em relação ao ano passado. Nos dez primeiros meses de 2015, foram encerradas 5.667 empresas. A quantidade supera todo os doze meses de 2014, quando 5.623 negócios fecharam na Capital.

Uma reflexão válida para a questão é que na crise também cresce o desemprego. E é essa situação a maior responsável pelo empreendedorismo por necessidade, uma das modalidades com maior índice de mortalidade nos primeiros dois anos, segundo Edite Viana Santos Alves, coordenadora do Programa Começar Bem do Serviço Brasileiro de Apoio ao Micro de Pequeno Empresário (Sebrae).

Atualmente, uma de cada quatro empresas abertas fecha as portas nos dois primeiros anos de vida. “Isso tudo é resultado da pressa para que o negócio dê resultado. Falta planejamento e estudo de mercado”, explica. “Tudo o que a maioria dos empreendedores por necessidade, às vezes, negligencia na hora de abrir um negócio”, conta. Ela orienta a todos os que querem empreender a primeiro buscar informação antes de investir no sonho.

De acordo com o Sebrae, 98% das empresas do Estado são micro e pequenas. São 9,8 milhões de pequenos empreendedores, dos quais 700 mil são pequenos negócios e 270 mil são Micro Empreendedores Individuais (MEI)  autônomos que tem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).(Com Bem Paraná)