Segundo Guilherme Sleigman, que estava na parte da frente de ônibus, a maioria dos passageiros dormia na hora do acidente ou esperava pela parada na lanchonete de um posto próximo. “Acordamos só com o barulho de freada, de gritos e com cacos de vidros para todo o lado. Foi um desespero total”, comentou .

Apesar de estar na parte frontal do ônibus, onde o impacto foi mais forte, Guilherme pouco se feriu. Apenas algumas dores e um machucado na cabeça- como ele mesmo diz. Porém, sua mochila que estava no chão, entre os seus pés, durante o acidente mostra a violência do impacto. Dentro delas todos os equipamentos eletrônicos foram destruídos completamente.

Cristiane dos Santos foi outra que acompanhou tudo de perto e classificou o acidente como uma fatalidade. “O ônibus saiu de Foz um pouco atrasado, sempre paravamos em um posto no Guará mas desde segunda feira a empresa decidiu parar em outro posto, talvez se não fosse estas pequenas coisas passaríamos por esse caminhão e nem notaríamos. Foi uma fatalidade”, avaliou.

Segundo os passageiros, a carreta que estava carregada com cerâmica tombou em frente ao ônibus após um pneu ter estourado. Apesar do esforço do motorista em tirar o máximo possível para o acostamento, o ônibus não conseguiu desviar do veículo tombado atingindo-o e depois caindo em uma ribanceira.

“O motorista foi um anjo, que sacrificou sua vida para salvar as nossas”, dizem os passageiros sobre a manobra do motorista Mauro Bortoluzzi, que faleceu no local. “ Se não fosse ele jogar para o lado, teria atingido toda a lateral do ônibus e muito mais gente teria morrido. Do jeito que foi só atingiu ele”, afirmou Guilherme.

“Eu o conhecia, ele era um motorista muito experiente e responsável. Estava prestes a se aposentar”, lamentou Cristiane.

O motorista da carreta e uma passageira do ônibus, que também faleceram no acidente, ainda não tiveram os seus nomes divulgados.

Com informações RedeSul Noticias