No depoimento de cerca de 40 minutos ao delegado responsável pelo caso, Tatiana disse que os três chegaram à noite em sua casa no dia 29 de dezembro e perguntaram se o jovem estava lhe "dando muito trabalho" e se precisava de um "corretivo".
Ela disse que sim, segundo o depoimento, dizendo-lhes que não deixassem o filho machucado. O trio então esperou Itaberly chegar em casa, segundo ela, e entrou no quarto da vítima vestindo capuzes. Somente a adolescente foi identificada por ela. Os outros dois, Tatiana disse desconhecer.
A mãe disse que saiu de casa neste momento, mas que ouviu o pedido de ajuda do filho. "Mãe, vou morrer", gritou o jovem, segundo depoimento da mulher à polícia. Vinte minutos depois, ela voltou para o interior da casa e se deparou com o filho morto, disse.
Desesperada e com medo de ser culpada pela polícia, segundo seu depoimento, ela teve a ideia de ocultar o corpo. Foi aí que ela acordou o marido, padastro de Itaberly, que a ajudou a enrolar o cadáver em um edredom, jogar em um canavial e atear fogo, para sumir com as impressões.
Apesar do novo relato, Tatiana não soube explicar os motivos de não dar o nome dos três suspeitos do crime. Segundo o delegado Eduardo Librandi Junior, que investiga o caso, ela preferiu ser mantida presa, mesmo com as garantias de guardar a sua vida com ajuda policial. (Com UOL/Folha)