Esse é o primeiro estudo que analisou e descreveu as mudanças estruturais na retina de crianças com lesões maculares provocadas pelo vírus Zika usando tomografia de coerência óptica (OCT), exame de imagem de alta tecnologia, não invasivo, que permite diagnosticar com alta precisão doenças da retina, vítreo e nervo óptico.
O trabalho, que teve como primeiro autor a oftalmologista Camila Ventura, avaliou oito crianças, com idades entre três e cinco meses. Sete delas foram submetidas a análise do líquido cefalorraquidiano para o vírus Zika e tiveram resultados positivos para anticorpos IgM – produzidos na fase aguda da infeção.
Outras infecções congênitas foram descartadas. Onze dos 16 olhos (69%) dos lactentes (bebês alimentados pelas mães lactantes) avaliados apresentaram alteração da retina. (Com Bonde)