Segundo Idair Parizotto, um dos líderes dos caminhoneiros na região Sudoeste do Paraná, do Rio Grande do Sul partirá um ônibus lotado de caminhoneiros. Também já confirmaram participação no evento caminhoneiros de Santa Catarina, Bahia, Goiás e outros estados.
Parizotto afirma que haverá participação de sindicatos e cooperativas da categoria. “Estamos unidos com comissões todas as entidades. Vai ser traçada e sacramentada a pauta para levar ao governo federal”, diz. A partir do encontro, os caminhoneiros pretendem levar as reivindicações ao governo federal. O único item da pauta deverá ser o preço mínimo de frete. Será a primeira vez que a categoria tentará dialogar com o governo de Michel Temer.
Segundo Parizotto, a pauta é enxuta porque a categoria está tentando salvar o transporte e o transportador. “Se o governo não nos atender, vamos marcar data para paralisação”, declara. Ele diz que em caso de paralisação a categoria só retornará ao trabalho após a pauta ser atendida. A defasagem no valor dos fretes, segundo relato dos caminhoneiros, já ultrapassa a casa dos 50%. Os caminhoneiros estão mantendo contato com deputados federais e dizem ter recebido apoio dos senadores Ana Amélia (PP-RS), Alvaro Dias (PV-PR) e Magno Malta (PR-ES).
Os motoristas, segundo líder regional, estariam mais propensos a uma paralisação do que em tentativas anteriores que acabaram fracassadas. “Estamos otimistas na união da classe, pois nas outras vezes a gente falava e sempre levantavam dúvidas. Hoje a gente fala e todos estão concordando que não tem mais condições de trabalho”, declara.
Por Luiz Carlos da Cruz (Gazeta do Povo)