Durante seis meses, identificou-se um composto natural no chá, o epigalo catequina galato, que isolou a zika e inibiu a entrada do vírus na célula. "É um avanço importante, pioneiro porque é o primeiro resultado mundial em relação ao inibidor. Publicamos em uma revista científica e podemos provar que há um inibidor sim ao vírus da zika", explica a virologista Paula Rahal.
Outros vírus como os do HIV e o da hepatite C também reagiram ao composto. Agora a reação do composto será verificada em animais para que novos testes comecem ainda esse ano."Quanto mais rápido a descoberta melhor para que seja lançado no mercado um possível medicamento", afirma a pesquisadora.
A possibilidade de um medicamento contra o mal da zika tranquilizou quem já sofreu com os efeitos da doença. "Assustei bastante porque era tudo muito novo, ninguém sabia das sequelas, os outros sintomas. Fiz o exame da dengue e não deu nada e a segunda hipótese era do zika. O corpo ficou ruim, você fica indisposta", descreve a analista financeira Graziela Soares, que perdeu uma semana de trabalho por conta do vírus. (Com G1)