Em seu discurso de vitória, Maia agradeceu o apoio que recebeu dos partidos já no primeiro turno, como PSDB e PPS, e no segundo turno, como PDT, PCdoB e Rede. O novo presidente da Câmara afirmou que pretende dialogar com todas as forças do Parlamento:
"Ter a oportunidade de estar presidindo os trabalhos sendo um dos 513 deputados que junto comigo vão comandar a Câmara dos Deputados. Temos muito trabalho a fazer, nós temos que pacificar este Plenário, temos que dialogar, dialogar a maioria com a minoria. Temos uma pauta do governo, que é importante para o Brasil, mas temos uma pauta da sociedade que vem através de cada um de nós que precisa ser discutida, debatida e votada"
A bancada do PT que, no primeiro turno, declarou voto no candidato do PMDB, deputado Marcelo Castro, do Piauí, que ficou em terceiro lugar, liberou a bancada, o que contribuiu para a vitória de Maia no segundo turno.
Partidos que faziam parte do chamado "centrão", como o PR, que apoiou o deputado Giacobo, do PR do Paraná, também votou em Maia.
Rodrigo Maia destacou os principais projetos que deverão ser votados no próximo semestre:
"Do teto de gasto, que está na CCJ, projetos na negociação das dívidas dos estados, que está no Plenário, tem a PEC dos precatórios que é importante para os governadores e a PEC da previdência que ainda não chegou. E de forma consensual e conjunta rediscutir a reforma política, é fundamental."
Maia também afirmou que pretende cumprir o regimento interno da Casa e dar prosseguimento ao processo contra o deputado afastado Eduardo Cunha.
"Não vou perseguir, nem proteger. Dentro da regra do regimento da Casa, o processo vai caminhar, sem nenhum tipo de manobra. nem a favor, nem contra. O presidente Eduardo Cunha no Plenário foi talvez o melhor presidente que nós tivemos, colocar para pautar a Câmara, mas talvez tenha sido poder demais. Teve méritos na presidência e agora responde a um processo disciplinar na Casa"
Rodrigo Maia está em seu quinto mandato na Câmara dos Deputados e vai comandar a Casa por sete meses até fevereiro de 2017. (Com Câmara)
