O paciente foi declarado morto, duas horas depois, encontrado vivo. O caso ocorreu na madrugada do dia 25 de agosto. O Hospital Geral Menandro de Faria abriu sindicância para apurar o que pode ter acontecido.
A família do paciente disse que o dinheiro direcionado aos gastos com o caixão seria doado às Obras Sociais de Irmã Dulce (OSID). Em bilhete escrito um dia após o caso, ele atribui melhora a um milagre de Irmã Dulce.
"Eu, Valdelúcio, vi a morte aos meus pés, mas a minha fé foi tão grande que eu me curei. Diante da santa Irmã Dulce, eu disse: opere mais um milagre para mim e fui atendido. Só tenho a agradecer a toda essa equipe e à minha Irmã Dulce. Por tudo e por todos, obrigada. Eu vi a minha mãe dizendo: filho, se apegue com ela e será salvo", afirmou.
Caso
Segundo a família de Valdelúcio, ele descobriu há três meses um câncer em estágio avançado e, no dia 25 de agosto, se sentiu mal e foi levado para o hospital em Lauro de Freitas. O paciente foi dado como morto por volta das 23h.
A família revelou que a equipe médica retirou os aparelhos que estavam conectados e levou o paciente para o necrotério já com algodões no ouvido e nariz. Um atestado de óbito emitido pelo hospital comprovou a morte de Valdelúcio.
Em entrevista, o irmão de Valdelúcio, Waltério Gonçalves, contou como percebeu que o paciente estava vivo. "A gente já tinha encaminhado todo funeral e eu tive acesso ao necrotério, pois eu ia colocar a roupa para a funerária vir buscar o corpo. Foi nesse momento que eu percebi que ele ainda estava respirando. Aí chamei a equipe médica, chamei o enfermeiro, que constatou que ele estava vivo", contou. Em nota, a Secretaria de Saúde (Sesab) informou que "uma sindicância foi aberta para apurar o ocorrido, e o resultado deve sair em 30 dias".
(Com Audi Morais)