Na trama, Glória Pires interpreta a urbanista Lota de Macedo Soares que se apaixona pela escritora americana Elizabeth Bishop, (Miranda Otto). A história se passa no Rio de Janeiro, na década de 1950.

Em entrevista coletiva no final de semana em Gramado, a atriz Glória Pires disse que o longa chega ao Brasil em um momento importante, em que temas sobre a "cura gay" são discutidos na esfera política e social. "O filme aparece em um momento muito apropriado, embora não tenha sido essa a intenção. O homossexualismo é um assunto em alta aqui no Brasil. As pessoas ainda sofrem muito com isso. Tenho recebido muitos e-mails lindos de pessoas que sofrem preconceito das próprias famílias e ainda precisam viver suas escolhas escondidas", contou.

Além disso, ela acredita que o longa pode contribuir para a diminuição do preconceito. "Como a arte está sempre está interferindo na realidade, é uma via de mão dupla, espero que o filme possa ajudar ainda mais as pessoas a encararem o homossexualismo de uma forma mais normal, a desmitificar essa questão", explicou. "Todos nós somos seres humanos e temos os mesmos direitos", defendeu a atriz.

Para a finalização da produção, os diretores e produtores encontraram dificuldade em captar recursos, já que o filme sofreu discriminação por partes dos patrocinadores, por abordar um relacionamento entre duas mulheres. "A homossexualidade das personagens afugentaram as empresas, que não queriam ligar sua marca à abordagem do assunto", revelou a produtora Paula Barreto.

No filme, Glória Pires aparece em cenas de sexo e nudez com Miranda Otto. Apesar disso, o diretor defende que o filme se baseia na história das personagens e obras que elas deixaram. "O tema do filme não é homossexualismo, mas isso é um elemento importante para a história", justificou. (Com informações são do Pipoca Moderna). (Com informçôes do Cinema Pipoca)

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