Apesar de serem mais comuns, as embalagens de PET ficam em segundo lugar no pódio da preferência – e a resposta para esse duelo está na Química.
Descubra agora qual é a principal diferença entre os sabores do mesmo refrigerante em embalagens diferentes.
Refrigerante em garrafa de vidro
O refrigerante em garrafa de vidro, para muitos, tem “gosto de infância”.
Mas, além dessa experiência de memória do paladar, é comum ouvirmos dizer que refrigerantes de garrafa de vidro são mais refrescantes, saborosos e até mais gaseificados. Será que isso é possível?
De acordo o professor de Química Clayton Moreira Rosman, da Escola Dínamis, isso faz todo sentido.
Tudo tem a ver com a formulação da bebida, composta por, entre outras substâncias, gás carbônico dissolvido em água, e a da embalagem.
Substâncias
Acontece que existe uma espécie de troca de substâncias, entre a embalagem e a bebida, que acaba modificando o gosto original do refrigerante.
Faça um teste: se você deixar uma Coca-Cola de garrafa PET por meses em uma dispensa, o sabor certamente ficará diferente.
“Existe uma pequena permeabilidade das garrafas PET em relação ao gás carbônico. Em cerca de nove meses, há um volume considerável de dióxido de carbono que difunde para fora da garrafa plástica. Isso não acontece com outros tipos de embalagens, como o alumínio e o vidro”, explica o professor.
O caminho inverso também acontece. “Depois de um tempo, algumas substâncias da garrafa PET podem ir para o refrigerante e alterar um pouco o seu sabor”.
Esta alteração, entretanto, não acontece com o material vidro, que é impermeável. Ele permite a conservação do gás, da cor e do sabor.
Por Nathália Geraldo (Bolsa de Mulher)