Segunda, 24 Outubro 2016 15:19

Calor dobra risco das lentes de contato. Saiba como protegê-las!

O cuidado com a manutenção das lentes de contato no verão deve ser redobrado.

 

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, os prontuários do hospital mostram que nesta época do ano dobra o número de contaminações por mau uso de lentes. 

 

Segundo o médico, um dos fatores relacionado ao problema é a maior proliferação de bactérias no ar que facilita a contaminação não só das lentes, como dos estojos. 

 

Só para se ter uma ideia, um estudo conduzido pelo médico com 210 usuários mostra que a contaminação por manutenção e armazenamento inadequados responde por 20% das complicações, o uso além do prazo de validade ou durante a noite por 45% e as alergias por 35%.

 

 

Sinais de alerta 

 

Queiroz Neto afirma que vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz e visão borrada são os principais sinais de que algo está errado. "Insistir no uso sentindo desconforto pode provocar úlcera na córnea e até cegar", comenta. 

 

Por isso, quando o olho fica vermelho ele recomenda retirar as lentes e consultar um oftalmologista imediatamente. Colocar um colírio por conta própria pode piorar o problema, mesmo que os olhos fiquem temporariamente mais brancos, adverte. 

 

 

Como diminuir o ressecamento da lágrima? 

 

Segundo o oftalmologista, a lágrima, que têm a função de proteger os olhos das agressões externas, resseca entre pessoas que permanecem em ambientes com ar condicionado. Por isso, estas pessoas ficam mais vulneráveis a infecções oculares. 

 

Uma alternativa são as lentes esclerais que liberam quem tem olho seco do uso de colírio lubrificante. Isso porque, cobrem a córnea e a esclera (parte branca do olho), minimizando a evaporação da lágrima. 

 

Este tipo de lente, destaca, também é indicado para quem tem ceratocone, abaulamento da parte central da córnea e outras doenças que afetam a mucosa ocular, entre elas, a síndrome de Sögren e a síndrome de Stevens Johnson. 

 

 

Nadar ou dormir com lentes pode cegar 

 

"Quem usa lente de contato deve optar por óculos de grau quando vai à piscina ou praia", adverte. Isso porque, o contato do olho com água contaminada por bactérias, cloro e até filtro solar pode causar uma infecção na córnea ou uma conjuntivite tóxica. 

 

Além disso, entrar na água do mar ou de piscina usando lente aumenta o risco de contrair acanthamoeba, um parasita que dificilmente é controlado com medicamentos. Já durante o sono, o especialista diz que a produção lacrimal diminui e a falta de oxigênio na córnea aumenta entre 10 e 20 vezes o risco de deformação da córnea. 

 

Outro erro comum, observa, é usar soro fisiológico para higienizar a lente e o estojo. O produto pode contaminar os olhos porque não tem conservante. Para pessoas alérgicas às soluções higienizadoras a recomendação é usar frascos com dose única de soro. 

 

 

Manutenção sem risco 

 

As principais recomendações do médico para quem prefere usar lente são: 

 

- Fazer a adaptação com um oftalmologista. Lentes que não acompanham a curvatura da córnea podem causar lesões graves. 

 

- Lavar cuidadosamente as mãos antes de manipular as lentes. 

 

- Utilizar soluções higienizadora tanto na limpeza quanto no enxágüe das lentes e estojo. 

 

- Friccionar as lentes para eliminar completamente os depósitos 

 

- Não usar água de torneira ou sobra de soro fisiológico depois que a embalagem for aberta. 

 

- Retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no cabelo 

 

- Colocar as lentes sempre antes da maquiagem 

 

- Guardar o estojo em ambiente seco e limpo 

 

- Trocar o estojo a cada quatro meses 

 

- Respeitar o prazo de validade das lentes 

 

- Jamais dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno. 

 

- Interromper o uso a qualquer desconforto ocular e procurar o oftalmologista 

 

- Retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas 

 

- Não entrar no mar ou piscina usando lentes.

 

 

 

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