Quinta, 01 Setembro 2016 20:01

Preguiça excessiva pode ser confundida com doença pouco conhecida

Na correria do dia a dia, às vezes as horas de sono que temos não são suficientes.

 

Logo, o cansaço não é algo nada estranho à nossa rotina e aqueles cinco minutinhos a mais no despertador não são um problema.

 

Porém, se a sua vontade de permanecer deitado é incontrolável, vale fazer uma visita ao médico. 

 

De difícil diagnóstico, o desejo desmedido de permanecer deitado, seja dormindo ou acordado é sinal de um distúrbio conhecido como clinomania. 

 

Quem sofre desse mal, sente um conforto indescritível quando está deitado em algum lugar confortável, sendo capaz de ficar na mesma situação por dias. 

 

Apesar da clinomania geralmente se estabelecer em conjunto com outras doenças, ela não deve ser confundida com a melancolia e desânimo que fazem com que o indivíduo que sofre de depressão sinta extrema dificuldade de sair da cama. 

 

Há também pacientes vítimas de fadiga crônica, um cansaço insistente que traz consigo dores musculares, dor de cabeça e fraqueza. 

 

O médico neurologista Shigueo Yonekura explica que o diagnóstico é feito através de exclusão, ou seja, quando a hipótese da existência de todas as doenças orgânicas possíveis é descartada, constata-se a clinomania. 

 

As mulheres entre 20 e 40 anos são mais propensas a serem atingidas pelo distúrbio. haja vista as incontáveis alterações hormonais que elas são submetidas todos os meses. 

 

Mesmo a doença podendo ser encontrada em qualquer faixa etária, idosos, assim como a mulheres, também estão mais suscetíveis a se tornarem clinomaníacos, já que a diminuição de atividades diárias pode levar os mais velhos a se deitarem a qualquer hora do dia. 

 

"O ser humano não nasceu para ficar deitado. O organismo precisa estar sempre em movimento, caso contrário, uma série de funções é prejudicada", alerta o médico psiquiatra Sergio Tamai. 

 

O especialista ainda destaca os possíveis sintomas da doença, que geralmente não são observados como deveriam. 

 

"Muitos quadros produzem cansaço e fadiga e podem levar o paciente a enxergar o descanso como um tratamento. Só que, com o tempo, o que era apenas um repouso programado tem chances de se tornar clinomania", explica. 

 

Porém, o quadro pode ser revertido com tratamento. Após o diagnóstico feito com um profissional especializado, o paciente pode ser conduzido ao tratamento psicológico e psiquiátrico, acompanhados da prática de exercícios físicos. Os casos mais graves podem requerer o uso de medicamentos orais, mas a cura do problema é perfeitamente possível. (Com UOL)

 

 

 

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