A tese mais bem aceita e que melhor se encaixa com o apelido, porém, é a de que o mês recém-iniciado concentraria um maior número de cadelas no cio devido às condições climáticas. Com isso, os cachorros ficariam “loucos”, brigando para conquistar a fêmea, e também aumentaria o risco de infecção de raiva, doença que faz os cachorros babarem muito e ficarem com aparência de loucos.
Segundo Paulo Roberto Colnaghi, coordenador da Rede de Defesa e Proteção Animal de Curitiba, o “Mês do Cachorro Louco” não passa de uma crendice popular. “É uma coisa que pegou e no passar dos anos vem se falando muito. Alguns dizem que é início de Guerra, Hiroshima e Nagasaki, outros apontam que em função da época as fêmeas entrariam mais no cio e os cachorros ficariam mais loucos. A gente discorda disso, é uma bobagem. Mas são coisas populares que com o passar do tempo vão ficando”, comenta.
De toda forma, porém, Colnaghi ressalta a importância de as pessoas manterem os cuidados, especialmente por conta da raiva, cuja infecção ocorre por ferimento provocado por mordedura de um animal contaminado e ataca o cérebro, levando à morte. Aos donos de cachorros e gato, a recomendação é que a vacinação seja feita anualmente. Em caso de mordedura, deve-se ir até uma únidade de saúde, onde há todo o protocolo para atendimento, que as vezes é vacinação.
“Casos de raiva canina há muitas décadas não acontecem mais. O último caso em Curitiba foi na década de 1970 e envolvendo um gato. Mas o controle é sempre importante”, ressalta. “Importante dizer também que a Prefeitura tem feito vacinações seguidas, principalmente para os animais em situação de vulnerabilidade. Estamos com uma campanha de castração maciça para diminuir os riscos de mordedura”, complementa.
Por Rodolfo Luis Kowalski