Terça, 26 Janeiro 2016 18:50

Inibidores de apetite devem ser naturais

Estar de olho na balança, mas cair em tentação por causa da fome constante.

 

O nutricionista Rafael Longhi, docente do Centro Universitário Metodista (IPA-RS) e pesquisador do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), falou sobre esses alimentos. Ele também falou dos riscos dos inibidores de apetite industrializados. Confira!

 

Se a situação lhe é familiar, você precisa conhecer os inibidores de apetite naturais. Estudos apontam que determinados alimentos promovem mais saciedade, acabando com a vontade eterna de comer.

 

 

Como escolher inibidores de apetite

 

Hoje se discutem muitas estratégias que promovam a saciedade, mas colaborando com uma nutrição saudável. "Teoricamente, alimentos ricos em fibras seriam ótimas opções de sacietogênicos, mas tudo deve ser feito com equilíbrio, pois o excesso de fibras na dieta prejudica a absorção de minerais como o ferro e o cálcio", explica Rafael.

 

Basicamente, essa inibição é feita por estímulo hormonal. Insulina, grelina e leptina são alguns dos hormônios relacionados ao apetite. "Por exemplo, alimentos de baixo índice glicêmico têm sua digestão e absorção mais lentas, liberando a insulina mais lentamente após as refeições e, assim, gerando maior saciedade", comenta o profissional.

 

Proteínas de alto valor biológico, como as carnes magras e os ovos, inibem a ação da grelina, relacionada à fome, e aumentam a ação da leptina, conhecida como hormônio da saciedade. "Entretanto, nada disso irá ocorrer sem orientação profissional. É preciso estar atento à individualidade metabólica, pois cada organismo reage de uma forma diferente", alerta o nutricionista.

 

 

 

Perigos dos remédios que inibem a fome

 

Rafael alerta que qualquer medicação possui efeitos colaterais, e os inibidores de apetite não são diferentes. "Infelizmente, o país é um dos maiores consumidores de medicamentos do mundo. Para se ter uma ideia, temos três vezes mais farmácias do que precisamos, segundo a Organização Mundial da Saúde", afirma.

 

Os perigos do uso de inibidores de apetite industrializados são variados. Segundo o nutricionista, o organismo não aguenta ficar tanto tempo com tamanha restrição nutricional, proveniente da falta mentirosa de fome que o organismo apresenta com esses produtos.

 

Em situações assim, não se perde gordura corporal, mas água e músculos. E o pior: quando acaba o tratamento, as chances do aparecimento do famoso efeito sanfona são grandes. Ou seja, a pessoa recupera tudo que tentou eliminar. Além disso, outros efeitos colaterais são possível flacidez, celulites e baixa imunidade.

 

Para Rafael, quem busca a perda de peso deve compreender que não existem milagres e, sim, reeducação alimentar aliada a exercícios físicos e a uma boa noite de sono.

 

"Montar um projeto nutricional requer habilidades. Precisamos conhecer o organismo do nosso cliente. Dessa forma, poderemos entender quais são suas necessidades e carências e quais estratégias seguir para que, juntos, consigamos alcançar o objetivo traçado", completa o especialista. (Com Vivo Mais Saudável)

 

 

 

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