Este é o alerta de Clovis Cechinel, geriatra do Frischmann Aisengart. Segundo o médico, os idosos acabam não sentindo sede como os jovens e, por isso, só sentem a desidratação quando ela fica mais grave.
O geriatra explica que a desidratação acontece quando a eliminação de água do corpo é maior que a sua ingestão. Ele orienta que o vômito, a diarreia, o uso de diuréticos, o calor excessivo, a febre e a redução da ingestão de água, por qualquer razão, podem acarretar na desidratação.
De acordo com Cechinel, no caso de idosos, para a desidratação ser considerada grave não precisa estar associada a grandes perdas como as explicadas acima. Basta o dia estar quente ou com baixa umidade no ar que o idoso irá perder mais água pela respiração e pelo suor, por conta da maior sensibilidade do organismo.
Cechinel avisa que tomar água em abundância com regularidade pode evitar todos esses transtornos e garantir uma boa saúde. E vale lembrar que refrigerante e cerveja não devem substituir a água.
Uma sugestão de Cechinel é ter sempre uma garrafinha ou um copo de água por perto, mesmo quando os idosos não estiverem em casa. “Algumas vezes a falta de ingestão de água é relacionada com a dificuldade de segurar a urina, o que constrange muitos idosos. Mas manter o corpo hidratado deve ser a principal preocupação deles”, fala.
O geriatra lembra que o ideal é garantir que a quantidade de líquidos ingerida seja mais ou menos igual às perdas (urina, suor, lágrimas e saliva) e em pequenas doses. “Copos cheios de água causam uma sensação de plenitude gástrica desconfortável para o idoso. É melhor ingerir em pequenas quantidades, várias vezes ao dia. Além disso, colocar sabor na água, por meio de sucos e refrescos, é uma estratégia eficaz para conseguir ingerir a quantidade de líquidos desejada”, comenta.
Cálculo
Diagnóstico e tratamento da desidratação
A desidratação acontece uma insuficiência pré-renal, sendo recomendada a mensuração de alguns eletrólitos (sódio e potássio), bem como indicadores da função renal (uréia e creatinina), podendo ser importantes para avaliar o grau de desidratação e as possíveis causas, assim como exames de urina, pois a concentração da urina pode refletir o grau de hidratação do paciente.
“Um hemograma completo pode ser também solicitado se o médico achar que uma infecção subjacente está causando a desidratação. Outros exames de sangue, como testes de função hepática, podem ser indicados para encontrar as causas dos sintomas”, conta Clovis Cechinel, geriatra do Frischmann Aisengart.(Com Bem Paraná)