Vendidas prontas ou ainda, manipuladas após prescrição médica, as cápsulas fornecem substâncias (como o betacaroteno, por exemplo) ricas em ativos antioxidantes que potencializam o uso do protetor tradicional, ajudando a prevenir o desenvolvimento de doenças de pele, combatendo manchas e outros efeitos nocivos do sol.
Juliana Jordão, médica pós-graduada em Dermatologia, com especialização em Laserterapia e Fotodermatologia, explica que fotoprotetores orais são antioxidantes, fitoterápicos. “Compostos com mais frequência pelos ativos Polypodium leucotomos e/ou picnogenol. Por serem naturais, não costumam causar efeitos adversos e podem ser usados sem maiores riscos”, diz.
A dermatologista Michele Haikal reforça que os fotoprotetores orais são antioxidantes que minimizam e até mesmo podem reverter os danos solares.
Mas, enfim, como eles devem ser utilizados? São mesmo úteis? Qualquer pessoa pode tomar as cápsulas? Eles substituem o uso do protetor tradicional? Abaixo você confere essas e outras respostas.
Os fotoprotetores orais funcionam mesmo?
Juliana responde que sim. “Estudos comprovam que o uso regular de antioxidantes com esta finalidade reduzem a incidência de mutações no DNA que podem levar ao surgimento de câncer de pele, fotoenvelhecimento ou ainda o surgimento ou piora de manchas como o melasma”, destaca.
“A exposição ao sol leva ao aumento de produção de radicais livres nas células e a redução da imunidade celular na pele, o que favorece o surgimento de mutações no DNA e, por consequência, ao surgimento de câncer de pele, envelhecimento, entre outras lesões. Os antioxidantes neutralizam os radicais livres e por isso protegem a nossa pele dos efeitos do sol”, explica a médica dermatologista.
Michele reforça que os fotoprotetores orais agem corrigindo os radicais livres que foram gerados pelo dano solar nos DNAs das células da pele. “Existem vários e, para cada paciente, faz-se uma fórmula de acordo com várias coisas. Por exemplo, o betacaroteno é um deles, mas não prescrevemos para quem tem a função hepática alterada. Também tem o polypodium leucotomus, a pirroloquinolina quinona, a vitamina E, o picnogenol e vários outros”, diz.
Como usar o fotoprotetor oral
Juliana explica que a maneira de utilização depende de cada produto. “No caso do Polypodium leucotomos, por exemplo, sugerimos dois comprimidos pela manhã durante todo o ano ou, no mínimo, durante o verão. O filtro solar tópico deve ser aplicado normalmente, a cada duas horas, com fator de no mínimo 30”, destaca.
Michele reforça que isto varia de paciente para paciente. “A prescrição de antioxidantes, seja qual for, sempre é individualizada. Deve ser com orientação médica e cada um tem a sua receita”, diz.
Abaixo você confere as respostas das profissionais para as principais dúvidas sobre o uso do produto:
1. A fotoproteção oral substitui o protetor tradicional?
“Não. É somente mais uma ferramenta que deve ser usada para esta proteção. O protetor solar tópico deve ser usado da mesma maneira”, alerta Michele.
Juliana destaca que eles atuam em locais diferentes e com mecanismos diferentes. “São, portanto, complementares. O antioxidante via oral atua de forma sistêmica, diretamente na proteção do DNA celular. O filtro solar tópico atua através da formação de uma barreira química ou física sobre a pele, reduzindo a penetração da radiação ultravioleta na pele”, explica.
2. Há contraindicações no uso do fotoprotetor oral?
Michele lembra que o betacaroteno, por exemplo, não pode ser usado por quem tem a função hepática alterada.
Juliana destaca que pode haver contraindicação em casos de alergia a um dos componentes da fórmula. Exatamente por isso reforça-se a necessidade de utilizar o fotoprotetor oral com orientação de um médico.
3. É verdade que o fotoprotetor oral previne o câncer de pele?
Sim, de acordo com Juliana. “É uma das formas de prevenção. Mas é importante ressaltar que seu uso não é um aval para a exposição solar, já que ele reduz, mas não elimina a lesão celular provocada pela radiação ultravioleta. Pacientes que já sofreram lesão do DNA no passado não revertem esse processo, mas o uso do antioxidante previne novas lesões no DNA”, destaca.
Michele lembra que o fotoprotetororal repara o dano causado ao DNA celular, então, não só previne o câncer de pele, como o envelhecimento e também rejuvenesce.
Fotoprotetores orais: como comprar?
Abaixo você confere exemplos de fotoprotetores orais que são vendidos em farmácias. Mas as dermatologistas alertam: eles devem ser prescritos por um médico.
Fotoprotetor oral 30 cápsulas por R$61 na Chá Verde Botica
Helioral Fotoprotetor cápsulas por R$91,30 na Panvel
Polypodium Leucotomos em cápsula por R$58,50 na Bioderm
Betacaroteno cápsulas por R$52,70 na Natue
Fotoprotetor solar oral por R$57 na Eficácia
Picnogenol em cápsulas por R$40,50 na Miligrama
Michele explica que o certo é que o fotoprotetor oral seja prescrito pelo dermatologista. “Apesar de existir nas farmácias vários antioxidantes em prateleiras à venda, isto deve ser feito com receita médica”, diz.
“Os melhores ainda não têm nas farmácias de todo jeito, então sempre manipulamos. Apesar de remédio para a pressão vender sem receita, as pessoas seriam prejudicadas de tomar um remédio para a pressão por conta própria, e é fácil entender isto. Por que então irão fazer isto com os antioxidantes? Tem que ser prescrito devidamente por um bom médico, sim, que individualize a receita de cada paciente, que sabe que aquela receita do paciente A não serve para o paciente B e vice-versa”, ressalta a dermatologista.
Agora você já sabe que o fotoprotetor oral pode ser um grande aliado nos cuidados com sua pele e saúde em geral. Ele não exclui, porém, o uso do protetor solar tradicional, sendo medida complementar. Converse com seu médico dermatologista e aposte no produto ideal para você.(Com Dicas de Mulher)