Quarta, 11 Novembro 2015 15:43

Seu filho tem comportamento agressivo? Saiba como lidar com o problema

Muitos bebês apresentam graus de agressividade ao longo do seu desenvolvimento e é comum perceber essas novas emoções de raiva e irritabilidade quando a criança começa a entender o mundo ao seu redor.

 

Manhas, birras, gritos e choros, e não importa a motivação, é sempre difícil para os pais lidarem com isso. 

 

Especialistas no assunto, as psicólogas do Grupo Terapêutico Núcleo Corujas, Luciana Romano e Raquel Benazzi, esclarecem as dúvidas mais frequentes dos pais que passam por essa situação e dão dicas de como eles devem lidar com o problema. 

 

Por que os bebês agem com brutalidade com 1 ano de idade (bater, morder, arranhar)? 

A brutalidade, nesta idade, faz parte da interpretação do adulto nos atos da criança. Os bebês de 1 ano ainda não têm o superego desenvolvido, que é nossa área cerebral de repreensão do que é errado moralmente, que nos faz agir dentro da norma social e cultural. Estão em fase de aprendizado e podemos dizer que eles são totalmente ligados às emoções, não conseguem ainda controlar ou conter as pulsões, frustrações e os sentimentos.

 

Cabe apontar que dependendo da intensidade e frequência de determinado ato, é interessante buscar a ajuda de um psicólogo para compreender o que desperta tais reações e, nesta fase, o trabalho é sempre voltado para compreensão da dinâmica familiar, pois o bebê reflete problemas e dificuldades da família. 

 

O sentimento de raiva para os bebês é igual ao dos adultos? 

A emoção raiva é a mesma, porém os significados, as vivências e expressões associadas a esta experiência é sempre particular. Nesta idade a criança é concreta e tende a expor os sentimentos sem muito filtro, além de, captar emoções do núcleo familiar, elas denunciam alguma dificuldade da mãe, pai ou da dinâmica. Os adultos precisam encontrar formas saudáveis de lidar com a raiva e não negligenciá-la ou ocultá-la. 

 

A escola/creche influencia esse comportamento de alguma forma? 

A escola está presente em grande parte no dia da criança, portanto influencia em muitos comportamentos. Lá elas entraram em contato com outras crianças e adultos de vivências diferentes o que despertará, inevitavelmente, inúmeras emoções. Há casos onde a agressividade estava relacionada apenas a reprodução dos gritos e nervosismos dos pais, outro caso a criança mordia demais os coleguinhas da escola e compreendemos, dentro do trabalho terapêutico, que os pais estavam muito rígidos e preocupados com uma educação exemplar, não deixavam que comportamentos de erros ou frustração pudessem aparecer, o que ganhava vasão na agressividade aos amigos. Portanto, o mais importante é analisar cada situação, criança e família de forma única e particular! 

 

Como lidar com esse tipo de comportamento? Existe algum método para aplicar nesses momentos? 

Quando a criança demonstra sua agressividade, os pais devem ajudá-la a entender os motivos de tal sentimento e reação, além de apontar, com carinho, o que é certo e errado. As crianças devem ser repreendidas através de conversas e repreensão adequadas (e só se for necessário), e não com mais agressividade, senão elas aprendem que isso é comum e aceitável. 

 

O que pode acontecer se caso os pais optarem por dar tapinhas na mão, na boca e falar com brutalidade com a criança? 

Mais uma vez é importante citar a que a criança aprende com os adultos e repete comportamentos, então se o pai bater na criança, ela achará que isso é aceitável e que poderá reproduzir com outras pessoas. A raiva é um sentimento que sempre vai existir e os pais devem ajudar a criança a entendê-la, aceitá-la e expressá-la de forma saudável.(Com Bonde)

 

 

 

Veja também:

  • Rapaz de 25 anos processa o pai por abandono afetivo

    Amor existe ou não existe e, não existindo, pode até vir a ser cultivado com atitudes de aproximação, jamais com ameaça de punição.

     

    Sob essa premissa, a 1ª Câmara Civil do TJ de Santa Catarina negou pleito de um jovem de 25 anos que buscava indenização por danos morais sob a alegação de ter sofrido abandono afetivo por parte de seu pai. 

  • Porto Barreiro - Município participa do Encontro Interestadual sobre Educação

    Nesta terça dia 24 e quarta dia 25, foi realizado, no auditório Mario de Mari, em Curitiba, o Encontro Interestadual dos Programas Cooperjovem e A União Faz a Vida.

     

    Foram mais de 800 participantes, reunindo diversos agentes da área da educação, como assessores, professores, coordenadores pedagógicos, presidentes de cooperativas e representantes de Secretarias de Educação.

  • Pais matam e enterram filho de seis meses

    Pai e mãe, ambos de 26 anos, são suspeitos de matar e ocultar o corpo do próprio filho, de seis meses. Eles foram identificados pelo Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas (Sicride), nesta quinta dia 26.

     

    A dupla foi localizada no município de Almirante Tamandaré, mas a morte aconteceu em Itaperuçu.

Entre para postar comentários