“As pessoas mais atingidas são os idosos pelo grande número de remédios que tomam, além de quem vive em áreas de grande concentração de habitantes, pois a bactéria se prolifera em lugares de menor higiene”, diz o gastroenterologista Sérgio Barrichello, médico e cirurgião geral da Clínica Healthme.
Como tratar?
O grande segredo é a mudança de hábitos. Se há uma relação com a bactéria Helicobacter pylori, por exemplo, não basta tomar antibióticos – o indicado é redobrar a higienização dos alimentos em casa e evitar estabelecimentos desconhecidos.
“Mas se for por remédios, é preciso consultar um especialista. Já uma dieta com excesso de alimentos de maior acidez deve ser substituída por uma que seja rica em fibras, que protege o estômago e regula a flora intestinal”, diz Sérgio Barrichello.
Mitos e verdades
Toda dor de estômago é gastrite: Mito. O incômodo pode ser causado por outros motivos.
Antiácido piora a gastrite: Verdade. “É um erro tomar este medicamento antes de uma endoscopia, por exemplo, porque pode mascarar doenças mais graves, como o câncer”, diz Laércio Gomes Lourenço, professor de Gastroenterologia Cirúrgica da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.
O estresse é um dos responsáveis: Mito. “A chamada gastrite nervosa é um termo inadequado. A única ligação psicológica é quando as pessoas comem alimentos inadequados, bebem demais ou tomam remédios por causa da ansiedade, por exemplo”, diz Jaime Zaladek, gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Leite e chá aliviam a dor: Meia verdade. No caso do leite, há um controle momentâneo da dor – o pH básico do alimento neutraliza a acidez do estômago. A longo prazo, no entanto, o cálcio estimula a produção de ácido clorídrico associado à gastrite. Já os chás sem cafeína, como os de boldo, de erva cidreira e de camomila, podem reduzir a dor, pois suas propriedades diminuem a irritação do estômago.
Gastrite pode virar úlcera: Mito. Segundo os especialistas, esta é uma ideia ultrapassada. “É muito difícil que isso ocorra nos dias de hoje porque dizemos ao paciente o que ele deve parar de comer assim que descobrimos a causa. E mesmo que a pessoa demore a tratar é mais provável que adquira uma gastrite erosiva do que uma úlcera”, diz Laércio. (Com Portal Vital)
