Chamada de Teoria de Resposta ao Item (TRI), a metodologia confunde muitos candidatos acostumados com outros vestibulares, mas segundo especialistas é a forma mais adequada de avaliar um grande número de estudantes. Os candidatos tem cinco notas: uma para cada prova objetiva e uma para a redação. Uma das principais dúvidas sobre a TRI é o fato de que é impossível tirar nota mil na prova de múltipla escolha. Por meio dessa metodologia, mesmo o aluno acertando as 45 questões de cada prova, sua nota nunca será mil, da mesma forma que se um candidato errar todas as questões não acabará com a nota zero (ou no caso 200 que é a pontuação mínima do Enem).
Isso acontece porque o exame dá pontos aos candidatos de acordo com uma escala, ou seja, a nota do candidato não se trata diretamente do seu desempenho individual. Mas sim como ele se saiu dentro do conjunto dos demais candidatos.
Por exemplo, quanto mais próximo da nota máxima, mais certeza é possível ter de que o estudante domina os conhecimentos exigidos pela prova.
Os candidatos reclamam que é impossível calcular sua própria nota comparando suas respostas com o gabarito oficial, e quando os resultados chegam, criticam o fato de colegas com números semelhantes de acertos terem recebido uma pontuação diferente.
O motivo dessa diferença é que ao observar diversos aspectos do desempenho dos candidatos, além do número de acertos, a TRI consegue prever se um estudante “chutou” uma questão, comparando essa resposta com as demais questões. Por isso dois estudantes que acertam a mesma questão não recebem a mesma pontuação.
Se a questão é considerada difícil e só um dos alunos acertou outras questões com o mesmo nível de dificuldade, ele receberá mais pontos pelo acerto da questão especifica.