Desta vez, Ingrid Guimarães vive uma Alice em crise pela dificuldade de conciliar a vida profissional e a pessoal. O marido (Bruno Garcia) e o filho adolescente questionam a obsessão dela por trabalho depois que a esposa-mãe tem um “piripaque” e desmaia na inauguração de uma de suas sex shop.Diferentemente do primeiro filme, a sequência deixa um pouco de lado a importância das relações sexuais e do prazer, e dá um foco maior à família. Ou seja, uma dose do que é politicamente correto ao longa-metragem. “Eu participei dessa mudança quando ajudei a pensar no roteiro. No primeiro filme, a personagem se resolveu com a questão do próprio prazer, então a gente não tinha muito para onde ir nesta sequência. Eu achei inteligente ir por esse lado mais romântico, focando nesse prisma familiar”, disse Ingrid Guimarães, em entrevista à Gazeta do Povo.

Mesmo sendo uma comédia, em que rir deveria ser o principal trunfo, a maior sacada do longa-metragem é a reflexão de muitos espectadores diante da vida enlouquecida e lotada de afazeres da protagonista. As mil e uma funções no trabalho, a correria no trânsito, as tarefas domésticas, os compromissos sociais e o cuidado com a aparência física mostram como a mulher de hoje vive em um ritmo frenético e anormal, fazendo com que o espectador se identifique com Alice em muitas cenas. “Fala muito da nossa geração, das mulheres de agora, né? Dessa dificuldade de conciliar filhos, casal, família, trabalho e vida pessoal...”, resume Ingrid.

No filme, para tentar desacelerar, a empresária vai parar – a contragosto – em uma espécie de clínica antistress, em que a entrada de aparelhos eletrônicos é proibida. As neuras dos colegas de tratamento rendem algumas boas risadas. Entre os neuróticos está a comediante e VJ da MTV Tatá Werneck e o ator Luís Miranda, que apesar das participações pequenas no longa-metragem, fazem boas cenas. 

Fonte - Gazeta do Povo