Quando falamos de incêndios, vale lembrar que eles podem ter início naturalmente ou através de ações humanas, mas mesmo nesse último caso o clima e o ambiente são cruciais quanto a sua disseminação ou seu controle. Muitas vezes, mesmo os mais eficientes programas de prevenção não conseguem evitar totalmente o inicio de incêndios em áreas florestais.
Assunto muito conhecido em nossa região que é extremamente agrícola, são as queimadas, muitas vezes acaba por ser confundida com incêndios florestais. Porém, são duas coisas diferentes. A queimada é quando um produtor rural utiliza do fogo para trabalhar com a limpeza do pasto ou com a terra para plantar. E, o incêndio florestal é o fogo que destrói uma floresta.
“O dano ambiental causado pelas queimadas, que em 95% das vezes acaba ocasionando incêndios florestais interfere e muito na biodiversidade local e também na saúde humana”, comenta o Sgt. Jorge.
Ele relata que ao se deparar com alguma ocorrência de incêndio florestal, consegue perceber que os animais maiores que vivem nas áreas afetadas conseguem fugir, porém, animais menores que fazem parte da cadeia alimentar acabam morrendo. Lembre-se: “Você pode estar queimando muito mais do que imagina”, comenta o Sargento.
Ainda, salienta que além dos danos à vegetação, os incêndios podem danificar propriedades, casas, construções, redes de transmissão de energia e veículos. Vários exemplos já testemunharam a força destruidora de tais incêndios. Cita o maior caso que ocorreu no Paraná, no ano de 1963, onde o fogo arrasou aproximadamente 8.000 imóveis, sendo casas, galpões e silos, deixando mais de 5.500 famílias de trabalhadores rurais desabrigados. Esse mesmo incêndio queimou tratores, equipamentos e diversos veículos. Como já aconteceu em outras partes do país e no exterior.
Segundo ele, os agricultores acabaram por se tornar mais conscientes, tendo em vista a Legislação ambiental e as novas práticas sustentáveis que vem surgindo. “O nosso país visa o desenvolvimento sustentável, com penas duras quando se fala em meio ambiente, porém ainda há muito a melhorar”.
Já Wagner, comenta que: “Além dos incêndios em propriedades rurais, podem ocorrer incêndios em beira de estradas e ferrovias, inclusive até por bitucas de cigarros jogados pela janela do veiculo, e o atrito e a movimentação dos trilhos dos trens, gerando faíscas, principalmente quando o ar está seco e com ventos fortes, que se propagam através de folhas, galhos, o que faz o fogo se alastrar rapidamente, podendo acarretar em acidentes diante da redução da visibilidade devido ao surgimento da fumaça”.
Para finalizar eles recomendam total atenção de todos quando o assunto é fogo, deixando algumas dicas e cuidados para prevenir eventuais acidentes:
- Não brinque com fósforos e isqueiros.
- Não fumar na floresta.
- Não jogar cigarros pela janela do carro.
- Quando for acampar, nunca faça fogueiras no interior das barracas.
- Evite fazer fogueiras em locais inadequados e em dias de muito vento.
- Mantenha guardado em lugar seguro a lenha e os produtos inflamáveis.
- Nunca tente apagar o fogo sozinho. Solicite sempre ajuda.
“Não há mérito de se extinguir um incêndio se você não foi capaz de evitá-lo”.
Muito obrigada aos colaboradores especiais dessa coluna, e aos queridos leitores!
Um grande abraço, até a próxima.