Um comparativo entre o sistema paranaense de pedágio e as recentes licitações de concessões de rodovias feitas pelo governo federal indica como as tarifas estão pesando para os usuários do Anel de Integração do estado.

Para se adequar aos moldes do que está sendo praticado no mercado atualmente, os preços do pedágio no Paraná deveriam ser reduzidos pela metade e a quantidade de obras nas rodovias tinha de dobrar.

O alto custo dos pedágios na BR-277, único corredor rodoviário que liga o Oeste do Paraná ao Porto de Paranaguá, vai ser debatido e questionado na próxima sexta dia 22.

Em Foz do Iguaçu, deputados, prefeitos, vereadores e representantes da comunidade dos 50 municípios da região vão discutir o atual modelo dos contratos de concessão e pedir uma revisão nos valores, que impactam diretamente no valor da produção agrícola e agroindustrial.

A tarifa de pedágio na BR-116, entre Paraná e Santa Catarina e entre Paraná e São Paulo, ficará mais cara.

O reajuste foi autorizado pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) desta última quinta, dia 17.

O deputado Márcio Pacheco (PPL) apresentou projeto de Lei na Assembleia Legislativa do Paraná propondo que as concessionárias de rodovias do estado passem a aceitar pagamento da tarifa com cartões de débito e crédito. 

De acordo com o projeto, como o pagamento por cartão é um processo mais demorado, a concessionária poderia disponibilizar guichês específicos e identificados para estes clientes. 

Os motoristas que trafegam pelas rodovias do sistema paranaense de pedágio passam a pagar tarifas até 10% mais caras a partir do dia 1º de dezembro.

O reajuste contratual previsto varia entre 6,69% e 7,05%, porém, a Agência Reguladora do Paraná (Agepar) autorizou as concessionárias a cobrarem também pelas obras não previstas em contrato, o que faz com que o reajuste anual médio fique em 10,28%.