O presidente do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, o prefeito de Santa Helena Jucerlei Sotoriva (PP), informa que cada fim de semana (oito dos dez) receberá em média 8,5 mil pessoas. Mas a grande expectativa de público é para o período de 24 de dezembro (hoje) até o dia 2 de janeiro. Nesse período, de apenas oito dias, o público esperado representa 30% do de toda a temporada. Apenas em Santa Helena, 25 mil pessoas deverão passar o Natal e principalmente o feriado de Ano-Novo.
Em média, cada turista gasta por dia o equivalente a R$ 25. Serão R$ 4 milhões injetados nos municípios com praias artificiais em prazo de apenas dois meses e meio. A maioria dos terminais entrou em funcionamento no segundo fim de semana de dezembro e permanecerão abertos até o início de março. “Todo comércio ganha com a presença de mais gente em nossas cidades, mas é evidente que aqueles com apelo turístico mais forte, a exemplo dos restaurantes, ficarão com a maior fatia”, conforme Jucerlei Sotoriva.
Apesar de o nível do reservatório estar baixo, Jucerlei informa que as gestões públicas fizeram inúmeros investimentos e melhorias para deixar os ambientes agradáveis aos visitantes. “Além da diversão na água, os terminais contam com quadras de esportes, quiosques, áreas de camping e atividades culturais diversas. Tudo para entreter os veranistas da melhor forma possível”. O prefeito de Itaipulândia, Miguel Bayerle (PR), é outro dos que estão otimistas com a nova temporada. A expectativa, conforme ele, é de que muitas pessoas consigam um bom dinheiro atendendo aos visitantes.
Desafios
No entanto, o recuo da água da margem da orla não é o único desafio que os prefeitos das cidades lindeiras com atrativos turísticos enfrentam. Uma decisão da Justiça determinou que o acesso às praias seja gratuito. Até pouco tempo, as secretarias de Indústria e Comércio, que gerem os terminais, cobravam uma taxa simbólica dos veranistas. O dinheiro era empregado na manutenção e em pequenas reformas. No entanto, sem a cobrança, as administrações públicas precisam improvisar.
O jeito passou a ser tornar mais eficiente a cobrança, sem elevação substancial de valores, dos serviços oferecidos aos frequentadores. Entre eles estão os quiosques. Mesmo assim, conforme Jucerlei, o dinheiro conseguido não cobre todas as despesas que uma estrutura de lazer tão grande e procurada por tanta gente registra. “É um custo que pesa sim no bolso, mas, por outro lado, é importante entender a dimensão dessa atração ao contínuo processo de consolidação do turismo dos municípios da Costa Oeste”, afirma o secretário de Indústria e Comércio de São Miguel do Iguaçu, Luiz Klajn.
Os valores de locação de quiosques, por exemplo, varia entre as praias artificiais da região, mas fica em média em R$ 45. Santa Helena optou por fazer reservas antecipadas e criou duas faixas diferentes de preços. De R$ 30 a moradores locais e de R$ 60 aos de fora. Quem deixou para a última hora dificilmente conseguirá ainda locar ambiente com mesa, pia e churrasqueira. O jeito vai ser se acomodar sob as árvores e aproveitar a orla.
Terminais do Oeste aprovados
O IAP acaba de divulgar boletim sobre a balneabilidade nas praias artificiais implantadas às margens do reservatório de Itaipu, na Costa Oeste do Paraná. O primeiro estudo indica que todos os pontos acompanhados estão próprios para banho. Um novo boletim é divulgado a cada sete dias e oferece mais segurança aos veranistas. Os terminais aprovados são os de Porto Mendes, em Marechal Cândido Rondon, Três Lagoas, em Foz do Iguaçu, Alvorada, em Santa Terezinha de Itaipu, Ipiranga, em São Miguel do Iguaçu, Jacutinga, em Itaipulândia, além dos balneários de Santa Helena e Missal. O IAP faz o acompanhamento a partir de pontos específicos, denominados da seguinte maneira: 60 metros à direita ou à esquerda da área de banho: 70, 100 e 200 metros à direita ou à esquerda e no meio da praia.
Condições de banho são boas no litoral
O primeiro boletim de balneabilidade do ano, divulgado fim de semana pelo Instituto Ambiental do Paraná, informa sobre as condições de banho nas praias da região Sul do Estado. No litoral, apenas 600 metros dos mais de 90 quilômetros da orla estão impróprios para banho. Os locais que apresentaram maior concentração de bactérias Escherichia coli (E.coli) em desacordo com os padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente são: Balneário de Ipanema, na altura da rua Pará, em Pontal do Paraná; Ponta da Pita e no Rio Nhundiaquara, em Morretes e Antonina.
A diretora de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição, do IAP, Ivonete Chaves atribui o bom resultado ao trabalho que tem sido feito pelo governo do Estado em saneamento ambiental, conscientização da população sobre cuidados com o meio ambiente e também ao menor número de frequentadores das praias.
“Os períodos considerados mais críticos da temporada são Ano-Novo e Carnaval, quando aumenta significativamente a população nesses locais”, explicou a diretora de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição, Ivonete Chaves.
As amostras para análise da qualidade da água são coletadas todos os domingos e segundas-feiras para refletir o comportamento dos locais nos dias mais frequentados e com maior possibilidade de contaminação. Os boletins serão divulgados semanalmente e informam a qualidade da água para banho na orla litorânea e nas praias artificiais do interior do Estado.
SINALIZAÇÃO
No litoral, os veranistas podem acompanhar a qualidade das águas nas bandeiras instaladas na orla e também em 10 totens eletrônicos e outros serviços do Governo do Paraná. A bandeira de cor vermelha significa que a água está imprópria para banho nos 100 metros à esquerda e à direta da sinalização. A azul indica que a água possui bons índices e pode ser aproveitada pelos banhistas. Os veranistas de todo Estado também podem obter essa informação no site do IAP (www.iap.pr.gov.br).
Operação Verão já está em curso
O governador Beto Richa abriu no fim de semana, na Praça Central de Ipanema, em Pontal do Paraná, a Operação Verão 2013/2014, que reúne uma série de ações do governo nas áreas de segurança, saúde, meio ambiente, energia, saneamento e turismo para atender aos moradores e aos veranistas durante toda a temporada, inclusive na Costa Oeste.
“Essa será, sem dúvida, a maior Operação Verão já realizada no Paraná, o que demonstra o compromisso do nosso governo com o Litoral e outras regiões de veraneio no Estado”, afirmou Beto Richa. “Estamos ofertando uma estrutura muito melhor às cidades, o que é fundamental para que veranistas e moradores tenham mais conforto e segurança para descansar e curtir a temporada”, afirma o governador.
via O Paraná
