A medida se deve ao aumento do número de casos de intoxicação registrados a partir de acidentes com raticidas clandestinos. Atualmente, o principal responsável por esses acidentes é o chumbinho (Aldicarbe), um produto de venda proibida no Paraná, mas que é comumente comercializado de forma ilegal em supermercados e casas agropecuárias do Estado.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, o grande perigo de manter o chumbinho ou outro raticida clandestino em casa é o risco de acidentes com crianças e animais. “A ingestão desses produtos é bem mais letal no caso de crianças e animais domésticos, como cães e gatos. Por isso, é inadmissível que esses produtos sejam comercializados”, ressalta.
Sintomas em animais e seres humanos
Uma das principais características do chumbinho é a agilidade com que o princípio ativo faz efeito e mata os ratos. Enquanto raticidas convencionais agem de forma lenta, a ação do chumbinho é praticamente instantânea.
No caso do ser humano, os sintomas típicos de intoxicação por chumbinho se manifestam já nas primeiras horas após o contato com o produto. “O paciente geralmente se queixa de náuseas, vômito, sudorese, salivação excessiva, visão borrada, diarreia, tremores, dor abdominal e em alguns casos até taquicardia”, explica o superintendente. Se não tratada adequadamente, a intoxicação pode se agravar e levar a pessoa à morte.
Somente no ano passado, 642 casos de intoxicação por raticida foram notificados pelas equipes de saúde. O número é 50% maior do que o registrado em 2012, quando houve 428 notificações. A preocupação é grande com as regiões metropolitanas de Curitiba, Londrina e Apucarana, que concentraram pouco mais da metade dos casos notificados nos últimos dois anos.
Em relação às mortes, o número também aumentou. Em 2013, 10 pessoas morreram em decorrência de intoxicações por raticida, três a mais do que em 2012.
Via CBN