Ela morava na Cidade Industrial, tinha duas filhas, uma de 8 anos e outra de 8 meses, e foi enterrada nesta segunda-feira no Cemitério Bonfim. Glenda sofreu uma lesão grave no pescoço e no dia 30 de dezembro, 14 dias após o acidente, uma junta médica definiu que ela teve morte cerebral. A família foi chamada e autorizou a doação de órgãos.
No dia seguinte, 31 de dezembro, os aparelhos que mantinham a jovem viva, foram desligados. No momento em que a doação de órgãos iria começar, o anestesista percebeu que Glenda respirava e suspendeu a retirada. Ela foi encaminhada novamente para a UTI, onde ficou por mais dois meses até morrer na noite deste domingo.
Ainda abalada, a família quer respostas sobre o que aconteceu exatamente com Glenda. No início do ano, assim que a notícia de que a jovem ainda estava viva, a mãe, Maria da Graça Silva, disse que tinha recuperado as esperanças e agradecia a Deus. “Estamos orando todo o tempo. Graças a Deus ela está reagindo bem aos medicamentos. Antes as febres dela era de 42ºC, agora estão amenas e tem dias que nem apresenta mais”, contou a mãe na época, em entrevista à Banda B.
Na semana passada, Maria das Graças ainda mantinha viva a esperança da filha resistir e veio à Rádio Banda B pedir doadores de sangue para ela. “Minha filha está lutando”, disse a mãe na ocasião.
Outro lado
A Banda B procurou a direção do Hospital do Trabalhador por volta das 8 horas desta terça-feira (4). A informação do setor de assistência social é de que não havia nenhum posicionamento do hospital sobre o caso no momento e que uma resposta só poderia ser dada pela direção na quinta-feira, após o feriado de Carnaval.