Votaram na sessão os desembargadores Telmo Cherem, que é o relator do caso, Campos Marques e Benjamim Acacio de Moura e Costa. Com o parecer, também fica decidido que o ex-deputado vai responder por homicídio com dolo eventual, quando o agente assume o risco de matar.
Também por unanimidade de votos foi decidido que o teste de alcoolemia de Carli Filho não terá validade. O exame foi realizado sem o consentimento do acusado, enquanto ele estava inconsciente no Hospital Evangélico, com amostras de sangue colhidas judicialmente do laboratório da instituição de saúde.
Esta é a segunda vez que o TJ-PR decide se a questão deve ou não ir ao Tribunal do Júri. Na primeira vez, em junho de 2011, a decisão foi a mesma. No entanto, deliberação do Superior Tribunal de Justiça, com base em argumentos apresentados pela defesa do ex-deputado – que alegou problemas técnicos ocorridos durante o andamento do processo – exigiu um novo parecer sobre a forma de julgamento de Carli Filho – que ocorreu nesta quinta (20).
Plateia cheia
O julgamento de se o ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho iria ou não a júri popular começou por volta das 13h45 com plateia cheia no primeiro andar do prédio anexo do Tribunal de Justiça do Paraná.
Antes da abertura do local onde foi realizada a sessão, cerca de 60 pessoas, a maioria estudantes de direito, aguardavam para acompanhar o julgamento. Quem não conseguiu entrar teve que se contentar em acompanhar por um telão, instalado na parte de fora do auditório.
Antes dos votos dos desembargadores, a defesa do acusado expôs os argumentos para explicar os motivos pelos quais o caso deveria ser julgado como homicídio culposo. Segundo o Instituto Paz no Trânsito (IPTran)- cuja fundadora é mãe de uma das vítimas do acidente - entre as alegações apresentadas está a de que os dois jovens vitimados invadiram a preferencial.
Cerca de uma hora após o início da sessão, o relator do caso, o desembargador Telmo Cherem, começou a explicar o seu voto. Apesar do julgamento ser da 1ª Câmara Criminal, a sessão de hoje ocorreu no primeiro andar do prédio anexo do Tribunal de Justiça, que tem um espaço maior.