Sexta, 13 Dezembro 2013 16:54

Pinhão - Plantão Médico poderá ser realizado no Posto Municipal

"Caso não entremos num acordo sobre o reajuste com o hospital, vamos montar um plantão no Posto Municipal para urgência e emergência", afirmou o prefeito Dirceu de Oliveira.

 

A prefeitura de Pinhão tem com o Hospital Santa Cruz um convênio para que este atenda os munícipes no período noturno, ou seja, das 17 às 7 horas e nos fins de semana e feriados, nos casos de urgência e emergência.

 

Hoje o valor desse convênio é de 41 mil reais mensais. A cada ano esse convênio é renovado e passa por reajuste, neste ano está ocorrendo um impasse quanto ao valor do reajuste, os diretores do hospital, Eduardo Avelino Peredo e Guiomar Rocha Passos Peredo, alegam que devido às despesas com os médicos, eles precisam que o convênio seja reajustado em 100%, já a prefeitura alega que não há nem respaldo legal para um reajuste desta proporção.

 

Eduardo explicou que eles solicitaram um reajuste devido à defasagem porque o custo com a mão-de-obra, principalmente, é muito alto. "Os médicos estão solicitando R$100,00 a hora. Não consideramos de jeito nenhum a solicitação dos médicos abusiva, mas,para poder continuar com o convênio, precisamos do reajuste, senão, fica inviável."

 

O prefeito de Pinhão explicou que enviou ao hospital uma proposta de reajuste dentro dos padrões legais, nos índices da inflação. "Não tem como realizar um reajuste de cem por cento para nenhum tipo de contrato ou convênio, não há uma justificativa legal para isso e nem condições financeiras. O convênio com o hospital é bancado com os recursos próprios do município, não há ajuda dos governos estaduais e federais".

 

Guiomar contou que existe uma dificuldade muito grande para se conseguir médicos, e principalmente plantonistas, e que essa é uma realidade a nível nacional e que inclusive para o dia 31 de dezembro os médicos cobram uma média de 1.500,00 reais. "É um dos plantões mais difícil pelo alto índice de atendimento e pela diversidade, são comuns casos de coma alcoólico, acidentes e até suicídios."

 

Dirceu declarou que compreende as dificuldades do hospital, porém, o município não pode arcar com 100% das despesas dos plantões. "O plantão não existe exclusivamente para atender ao nosso convênio, ele é um serviço que o hospital dispõe, inclusive são atendidos também os moradores de Reserva do Iguaçu. Além do convênio dos atendimentos do plantão, o município paga outros atendimentos como laqueaduras, não houve mês que pagássemos menos de 50.000 reais para o hospital, e sempre pagamos religiosamente em dia, pedi ao financeiro que cuidasse de perto desse pagamento porque com saúde não se brinca."

 

"Nós enviamos nossa proposta e estamos abertos à negociação, mas não abrimos mão do valor solicitado", afirmam os diretores do hospital.

 

 

UPA - Unidade de Pronto Atendimento

 

O secretario municipal de saúde, Ivonei Oliveira Lima, concorda com o prefeito que é impossível realizar o repasse que o hospital está pedindo e que está se preparando caso não se chegue ao um consenso. "Estamos nos organizando, realizando todos os protocolos para abrirmos no Posto um plantão de urgência e emergência, estamos tendo orientações com o Dr. Joao Guerino Cato e o enfermeiro Franco Bittencourt que atuam na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Guarapuava".

 

Ivonei frisa que será um plantão para atendimentos de emergência e urgência, que não haverá atendimento ambulatorial, e que nesta sexta-feira, dia, 6 o Dr. Cato estará em Pinhão dando treinamento para a equipe que está sendo montada para os plantões.

 

Guiomar informou que mesmo sem renovar o convênio com a prefeitura, o hospital manterá o plantão. "É nossa responsabilidade ter médicos e vamos manter o plantão, só que as pessoas que vierem até o hospital terão que pagar pelo atendimento, porque nosso compromisso com o SUS é em caso de internamento". Caso a prefeitura monte um plantão no Posto de Saúde, as pessoas só poderão ser internadas no hospital após passar pelo plantão de lá e trazer uma prescrição médica justificando a necessidade do internamento, acompanhada de exames que comprovem essa necessidade. Segundo os diretores do hospital essa é uma exigência do SUS. (Com informações do Jornal Fatos do Iguaçu)

 

 

 

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