O HPV foi inserido no calendário nacional de vacinação pelo Ministério da Saúde em março de 2014 para meninas de 11, 12, 13 anos e a partir de janeiro deste ano para meninas de 9, 10, 11 anos. Em 2015 é uma nova campanha. "Ela foi estendida, em 2014 vacinou de 11 a 13 anos, agora passa de 9 a 13. Provavelmente até ano que vem ainda terá campanha, depois irá entrar na rotina como vacina normal. Fez nove aninhos a menina toma", explica Carine Maria Cavalli, enfermeira do Setor de Imunização de Pinhão.
A estratégia de realizar a vacinação nas escolas e colégios da cidade será mantida para alcançar o número máximo. "Como somos apenas em duas para vacinar o município inteiro, vamos para as escolas municipais e colégios estaduais. Indo até elas, ano passado conseguimos atingir 98% do público. Já na segunda dose, como não foram até as escolas, conseguimos apenas 40%".
Todas as que não tomaram a segunda dose em 2014 receberão agora. "Nove anos completos até 13, 11 meses e 29 dias. Completou 14 anos não toma mais, mas, para aquelas que tomaram a primeira dose ano passado e agora completaram 14 anos, a segunda dose deve ser feita normalmente". Em Pinhão, a vacina pode ser encontrada no Posto Central, no PSF Santa Maria e no Ambulatório do Faxinal do Céu.
Lembrando, que a imunidade é concebida depois das três doses. Toma a primeira dose e depois de seis meses recebe a segunda. A terceira, cinco anos depois da primeira. "Completar as três doses para ter 100% de imunidade", frisa.
Carine Maria Cavalli conta que não houve resistência dos pinhãoenses em vacinar suas filhas, mas depois para a segunda dose, lá em setembro, a mídia assustou algumas pessoas. "O Fantástico mostrou que algumas meninas tinham tido problemas depois de tomar a vacina. Uma travou as pernas, outra ficou sem andar. O que aconteceu foi que algumas mães ficaram com medo. Aqui no Pinhão apenas uma teve um desmaio, mas por uma questão emocional, por ter muito medo de agulha. Mas, foi a única entre as 1.036 meninas".
A única contraindicação é não aplicar a vacina em gestante. Mas, mesmo assim, não têm estudos que comprovem algum efeito no feto. "Nesta idade que estamos vacinando é para pegar uma fase que ainda não entraram na vida sexual. Porque quando entram na vida sexual já entram em contato com o vírus. Se tiver o vírus no corpo pode tomar a vacina e não terá imunidade", explica. (Com Jornal Fatos do Iguaçu)