Quinta, 13 Fevereiro 2014 19:47

Pinhão - Troca do local dos pontos de ônibus causa polêmica

A proposta para a mudança dos pontos de ônibus da avenida Trifon Hanycz para a rua 7 de Setembro tem causado polêmica por parte de usuários, comerciantes e comunidade.

 

Devido ao congestionamento de veículos na principal via central causado pelos ônibus da empresa Nordeste, que fazem as linhas Pinhão/interior, o Conselho de Trânsito (Comutra) avalia que a possibilidade mais acertada é passar os pontos para a via paralela.

 

O Sargento Nilson explica que os ônibus que atravessam a cidade pela Trifon deixam o fluxo muito intenso. Ao parar nos pontos, muitas vezes dois ou três, acarretam uma fila de veículos. Para ele, se houver a mudança a cidade expandirá: "o comércio não se concentraria apenas naquela via, o fluxo de veículos diminuiria, também reduzindo a possibilidade de acidentes de trânsito".

 

De acordo com Sebastião da Silva Walter "Bastos", secretário de Obras e presidente do Comutra, inicialmente existia a possibilidade da mudança para a Rua Hipólito Aires Arruda, mas, como não queriam afastar as pessoas do centro comercial, optaram pela 7 de Setembro: "de novembro para cá estamos ouvindo a comunidade, comércio e usuário, porque não somos donos da verdade, de repente a nossa intenção é uma, mas a vontade da população é outra".

 

A troca dos pontos de ônibus de local é a primeira meta do Comutra para 2014: "temos que tomar atitudes para organizar a circulação de automóveis e ônibus". Segundo Bastos, a mudança para o usuário não interfere muito, mas para taxistas e pessoas que circulam pela avenida, que ficam esperando os ônibus atravessados na via, será significativa.

 

O presidente do Comutra conta que o maior engarrafamento é no ponto em frente à loja Mercadomóveis: "enquanto um ônibus pára para carregar as compras dos usuários, o outro fica esperando, segurando o tráfego; ao descerem e atravessarem a rua já houve até atropelamento". Os outros dois pontos são em frente à Casa do Colono e da Praça São Cristóvão.

 

Havendo a mudança para a Rua 7 de Setembro, ele conta que a intenção é fazer um ponto intermediário, próximo à Emater. "Vamos planejar no mínimo dois pontos do Trevo para baixo para facilitar para o comércio", assegura.

 

Bastos conclui afirmando que a mudança será ainda este ano. Para definir, o Conselho ouvirá ainda mais a população e, também a empresa Nordeste: "acho que para a empresa não influi muito, porque o passageiro será o mesmo, seja pela Trifon ou pela 7 de Setembro". A empresa possui 12 linhas, com uma média de 80 passageiros por ônibus.

 

Como o presidente do Conselho do Trânsito afirmou que a mudança vai acontecer apenas com a aprovação da maioria da população, a reportagem do Fatos do Iguaçu conversou com usuários, comerciantes e com um dos motoristas da empresa Nordeste:

 

Marcos Chagas, motorista há seis anos da Nordeste, avalia que a mudança será benéfica: "é melhor trafegar por um via menos movimentada". Ele confirma que ficam parados por alguns momentos para que o passageiro também carregue suas compras, e, muitas vezes, as outras linhas se encontram no ponto, causando o congestionamento.

 

Os usuários Maria Izulina e José Arziro Silva do Amaral aprovam a mudança, observando que suas rotinas não serão afetadas: "para nós tanto faz". Angelino de Lima, morador do Faxinal do Céu, e o morador do Alecrim, Lauro Ferreira, também afirmam que não serão prejudicados caso haja a mudança dos pontos de ônibus. "Não acho nenhum problema se mudar", observa Maria de Jesus, também do Alecrim.

 

O aposentado Rivair Nunes de Oliveira, do Faxinal dos Ribeiros, que utiliza a linha pelo menos uma vez por mês, diz que não será prejudicado, porque o mercado leva a compra até o ponto. Aguinaldo Lima aproveita e faz sua reivindicação: "só concordo se fizerem pontos maiores, que nos protejam em dias de sol e chuva, hoje ficamos em pontos que só têm um banquinho, quase todos ficam para fora".

 

Mas também existem opiniões contrárias à mudança. O usuário Antonio Camargo é contra a mudança: "porque mexer no que está funcionando".

 

O comerciante Everton de Lima, do Veni Lanches, avalia que o comércio poderá ser prejudicado: "perderemos alguns compradores, porque no horário de ônibus sempre entra alguém para comprar água ou um refrigerante".

 

O empresário Pedro Merlo, da Fábrica de Óculos, também é contrário à ideia: "sou contra, vai matar o comércio nas segundas, quartas e sextas-feiras, deve cair o movimento em 30%. Como ótica, para mim não vai influenciar, mas para o Joarez do sorvete, por exemplo, fará diferença, ele vende bastante para os passageiros". (Com informações do Jornal Fatos do Iguaçu)

 

 

 

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