O prazo dado para a retirada do local foi o dia 1º de março. Diante disso, os moradores decidiram fazer um protesto, cerca de 30 pessoas foram até a prefeitura pedindo explicações.
Segundo o grupo, a prefeita disse pessoalmente que eles não precisariam sair do local neste momento, mas somente quando a prefeitura disponibilizasse moradias. Das 25 famílias que estão no local, muitas dizem não ter emprego, outras até já construíram casas no terreno ocupado.
Rogério Ferreira de Matos é um dos ocupantes e disse que está lá porque não tinha onde morar. “Pedimos à prefeita para ir até lá e ela foi. Propôs que se acontecesse de nos retirar de lá, ela iria levar-nos para outro local. Ontem apareceu o oficial de justiça com um mandado de despejo, portanto viemos até aqui em busca de respostas”, afirmou.
O advogado Camilo Silva, representante judicial do grupo, disse que primeiro é bom considerar que existe uma liminar de reintegração de posse a ser cumprida contra estas famílias. “Este problema não pode ser resolvido assim. Juridicamente é possível fazer diferente. De acordo com o código civil pode-se, por convenção das partes, suspender o processo por até seis meses, sendo o que estamos reivindicando”, disse.
“Nestes seis meses dá tempo da Câmara de Vereadores, que já declarou apoio através de uma moção assinada por todos os edis, buscar uma saída que não seja uma ação violenta contra estas famílias”, concluiu Camilo.
Resultado
Os manifestantes foram atendidos pelo procurador jurídico da prefeitura Edélcio Coussian. Ficou decido que haverá uma nova reunião na quinta dia 28, se nesta ocasião houver acordo, será pedida a revogação do termo de reintegração de posse, para postergar a situação dos moradores daquela região. No entanto, essa decisão ficará a cargo da juíza, pois a reintegração está em fase de mandado.
Fonte - Jornal Correio do Povo