Sexta, 09 Maio 2014 13:28

Laranjeiras - Instituto São José - Parto, um ato de amor

Na semana em que comemoramos o dia das mães não poderíamos deixar de falar sobre um dos melhores momentos da vida de uma mulher, o nascimento de seu filho – e seu surgimento como “Mãe”.

 

Referência na região em atendimento as gestantes, confirmado pelo número de nascimentos/mês (com média sessenta partos mensais), o Instituto São José, buscou exemplos de mães que optaram pelo chamado “parto possível”, ou seja, o que fosse melhor para seus filhos.

 

Ótimo exemplo para representar o primeiro ato de amor que poderiam demonstrar pelos pequenos.  

 

O Obstetra do Instituto São José, Dr. Clairton Tosetto relata que a maioria das mulheres opta pela cesariana, o que já é uma questão cultural, poucas buscam fazer “parto normal”. 

 

- “As pacientes de consultório, em cada 10, 8 querem cesárea. As pacientes da rede pública a princípio fazem parto normal, somente se existir alguma indicação contraria realizamos a cesárea. A escolha pela cesárea é cultural. O que dificulta o parto normal no Brasil é a falta de estrutura física”. 

 

 

Glaucia Zanettin, secretária da Faculdade Alto Iguaçu – FAI, não descartou a possibilidade de fazer uma cesárea no nascimento do seu primeiro filho – Lucas. Ela conta que sua gravidez foi planejada e muito desejada, mas depois de buscar informações sobre os benefícios do parto normal, optou por fazê-lo. Ela buscou o bem estar de seu filho e buscou realizar um “parto possível”, o que felizmente foi plausível foi o parto normal.

 

- “No início eu até pensei em cesariana. Mas fui buscando informação e, também contava com o minha mãe - que teve seis filhos de parto normal. Fui entendendo os benefícios do parto normal durante toda a minha gestação. E tive muito apoio do meu marido. E sem contar com Dr. Clairton me orientou e explicou como tudo ia acontecer. Das dores, mas que eu conseguiria e, durante as consultas ele foi me tranquilizando, relatando que o bebe estava muito bem e que conseguiria ter um parto normal. Isso fez com que a cada dia eu quisesse mais. E hoje não me arrependo. Foi a melhor escolha que eu poderia ter feito, principalmente pelo meu filho”. 

 

A psicóloga Naiane Wendt foi inicialmente adepta do “parto possível”, sua vontade era o parto normal. Mas, não sendo possível sua filha Laura nasceu de cesárea, como relata.

 

- “Sempre me imaginei tendo parto natural, essa era minha preferência. Mas acredito que o melhor parto é o parto possível e, o parto natural não foi possível, tendo sido recorrido à cesárea. Acredito que uma vez que a natureza esteja contribuindo para o parto normal, esta é a melhor escolha não só em função da rápida recuperação da mãe para estar disponível para o bebê. Mas principalmente devido à ação hormonal que ocorre no organismo da mãe e do bebê e contribuem assim para o amadurecimento final do bebê e melhor adaptação deste ao novo mundo”. 

 

Em sua segunda gestação, “mamãe” da Valentina, Monica Zukovski Rodrigues, funcionária pública municipal, descreve que em seu primeiro parto, cesárea, teve muitas complicações e agora busca o parto normal. Mas, tem em sua mente o “parto possível”, destacando que o fator determinante para a escolha do parto é o bem estar do seu filho, Benício.  

 

- “Hoje eu quero o que for possível. Se for possível o parto normal, farei com certeza. Se não for possível, eu não quero que meu filho sofra. Porque eu aprendi uma coisa, o melhor parto é o parto possível”. 

 

 

Doula: uma alternativa saudável

 

Novas técnicas e inovações são implantadas no Instituto São José, para o atendimento de gestantes. Trata-se das acompanhantes de parto profissionais, responsáveis pelo conforto físico e emocional da parturiente durante o pré-parto, nascimento e pós-parto, popularmente conhecida por “doula”. 

 

A encampação por parte do Hospital São José desta técnica de reconhecimento mundial, abriu as portas do Hospital para Giane Migliorini, enfermeira, que concluiu formação de “doula” em fevereiro e já está acompanhando várias gestantes em Laranjeiras do Sul.

 

A palavra "doula" tem origem grega e seu significado é "mulher que serve". E atualmente, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto.  Como explica a enfermeira e doula, Giane.

 

- “Doula é a pessoa que acompanha a gestante durante o pré-natal, no momento do parto e no pós-parto. O meu atendimento se resume em pelo menos quatro visitas no pré-natal, o acompanhamento quando a gestante entra em trabalho de parto, até o nascimento. E após, quando o bebe já estiver mamando, quando ela já esteja mais segura ou quando ela não tiver mais dúvidas”.

 

A doula começa o seu trabalho com a gestante - na maioria das vezes, a partir do início da gestação, mas a qualquer momento, quando o parto passa a ser um assunto importante para o casal ou para a gestante. O acompanhamento é tanto para mulheres que querem o parto normal ou cesárea.

 

- “A doula é uma amiga que vai te apoiar. Falamos muito sobre o parto, como a mulher gostaria que fosse. O papel do pai na hora do parto e esclareço alguns mitos, principalmente em relação ao parto normal. Ajudo na parte de alongamento, quando a gestante tem muita dor nas costas, na respiração. Independente do parto eu vou estar do lado da gestante, dando todo o apoio necessário”.

 

O obstetra do Instituto São José, Dr. Clairton Tosetto acredita que o acompanhamento da doula é um apoio importante para as gestantes. É uma profissional de apoio psicológico ao trabalho de parto, tratando-se de um serviço contratado pela gestante de forma autônoma.

 

- “A Doula é ótima, é bom para a paciente, que vai se sentir mais segura. Isso tem um custo para a paciente, que se não opuser em pagar o serviço dela é um grande amparo psicológico”. 

 

Para o Dr. Clairton a doula passa uma maior segurança para as gestantes, já que o seu trabalho é apoiar as pacientes, dando informações que vão ajudar muito na hora do parto. 

 

- “A paciente vai se sentir mais segura, a doula vai explicando o que é durante a evolução do trabalho de parto, o que a paciente esta sentido, o que é normal, dá um reforço positivo incentivando a paciente a ter coragem, para aguentar às contrações e essa reafirmação positiva a paciente psicologicamente vai sentindo menos dor, o trabalho de parto flui melhor”. 

 

 

 

Elas aprovam 

 

Glaucia Zanettin, revela que a contratação da doula foi importante na gestação de seu primeiro filho - Lucas. Ela conta que as visitas foram realizadas na sua residência, ficando mais tranquila a receber todas as informações da doula e principalmente tirar suas dúvidas - tranquiliza-se Glaucia, que escolheu fazer parto normal. 

 

- “A Giane dá um apoio muito grande. Ela me atendia na minha residência, passando alguns exercícios, explicando o que iria ocorrer na hora do parto, dando uma segurança maior. Meu marido afirmou que o melhor investimento que fizemos durante a minha gravidez foi contratar a Giane, ela nos acalmava, nos acompanhou, não deixou desistir, foi muito bom mesmo”.

 

Naiane Wendt foi a primeira gestante da doula Giane, que relata que buscou o serviço de doula fora do município, mas não encontrou disponibilidade. Assim que soube da formação da Giane não titubeou.

 

- “Quando engravidei entrei em contato com doulas de outras cidades, porém as mesmas não tinham disponibilidade garantida de estarem presentes no parto e era uma opção do casal ter o bebê aqui. Assim que soube da formação da Giane, com quem já havia trabalhado no atendimento às gestantes de alto risco, em doula, entrei em contato com ela e iniciamos o acompanhamento. Os encontros eram sempre descontraídos, esclarecedores e inclusive divertidos”.

 

Outra paciente do Dr. Clairton que está fazendo acompanhamento com a doula é Monica Zukovski Rodrigues, que em sua segunda gravidez, buscou mais informações e tranquilidade.

 

 - “A doula esta me ajudando muito, pois já somos amigas, então esse laço está ficando cada dia mais forte. Ela está esclarecendo muitas coisas, dúvidas e na gravidez a gente tem que ficar muito tranquila e, ela passa essa tranquilidade, ela te prepara realmente”.  

 

 

 

 

Por Juliana Pavlak

 

 

 

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