Segunda, 03 Dezembro 2012 20:57

Polícia Militar do Paraná adere à campanha “Conte até 10” em todo o estado

A Polícia Militar do Paraná (PMPR) aderiu nesta segunda dia 03 à campanha “Conte até 10” do Ministério Público do Paraná.

A campanha possui o intuito de combater os homicídios e conflitos ocorridos em todo o estado fazendo com que o cidadão reflita antes dos seus atos.

 

A divulgação foi feita no Quartel do Comando Geral, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, na capital do estado, e foi explicada aos policiais militares que são comandantes das Unidades Paraná Seguro (UPS), das companhias e dos batalhões de Curitiba.

 

Durante o evento, as principais diretrizes da campanha foram direcionadas ao trabalho policial pelo promotor de Justiça e coordenador do projeto, Paulo Markowicz de Lima. Também esteve presente o desembargador Vani Antônio Bueno, representante do Ministério Público, o Secretário de Segurança Pública, Cid Marcus Vasques, o Comandante-Geral da PM, coronel Roberson Luiz Bondaruk, p Subcomandante-Geral, coronel César Alberto Souza, o Chefe do Estado Maior da PM, coronel José Vilmar Becker, o representante da Corregedoria da PM, coronel Cesar Vinícius Kogut, além de oficiais e praças convidados.

 

CAMPANHA - Criada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (ENASP), com o apoio da Secretária Nacional de Justiça e CNJ, a campanha tem o objetivo de combater os homicídios cometidos sem reflexão e aqueles que ocorrem após um desentendimento banal. No Paraná, além de conscientizar o cidadão que pequenos conflitos podem chegar ao homicídio, no tom da campanha nacional, teve o objetivo ampliado para prevenir confrontos em qualquer situação do cotidiano que podem levar à prática de crimes com conteúdo de violência.

 

Para o coordenador do projeto, o promotor Paulo Markowicz de Lima, a proposta do “Conte até 10” é fazer com que o policial reflita, não responda à agressão, e mantenha a dignidade de seu cargo, pois repercute negativamente para toda a corporação militar. “Às vezes a comunidade esquece que dentro de uma farda tem um ser humano, e não percebe as dificuldades enfrentadas pelo policial para realizas sua difícil missão. A intenção da campanha é poupar vidas, e ela deve ser recíproca, vinda dos dois lados, tanto da população quanto dos policiais”, explicou.

 

"A Polícia Militar deve ser protagonista em direitos humanos. Ficamos muito satisfeitos de participar e de sermos multiplicadores da campanha. Tivemos uma grande redução de conflitos nas áreas das UPS (Unidades Paraná Seguro), onde eram registrados os maiores números de homicídios, o que mostra que esse contato com a comunidade ajuda no desenvolvimento do nosso trabalho”, afirma o coronel César Alberto Souza, subcomandante da PM e coordenador das UPS em todo o estado.

 

Durante a divulgação da campanha o Comandante-Geral da PM, coronel Roberson Luiz Bondaruk, ressaltou que muitas das agressões que ocorrem diariamente poderiam ser evitadas caso ocorresse uma reflexão antes do ato. “A Polícia Militar utiliza para mediação desse tipo de conflito o projeto ‘Mãos sem Fronteiras’, onde nossos policiais recebem orientações de como agir em situações de alto nível de estresse. Nós nos integramos a este projeto porque queremos trabalhar com o preceito de polícia comunitária, propondo um engajamento de trabalho entre todos. Queremos uma prevenção dos problemas e não só a solução depois que acontecem”, disse.

 

Em seu pronunciamento, o Secretário de Segurança Pública, Cid Marcus Vasques, cita como o maior exemplo de tolerância um trecho bíblico em que Jesus ao ser esbofeteado vira o rosto e dá a outra face. “Sabemos que hoje as situações são outras, pois todo o país está tenso e o policial tem que estar proporcionalmente preparado para a ação e reação. Confiamos na doutrina de Polícia Comunitária disseminada pela PM, que respeita os direitos humanos e por isso é uma referência nacional”, completa.

 

“Vivemos em uma realidade sociológica em que as energias que brotam dos grandes ajuntamentos humanos não são energias de coesão e sim de reclusão. Hoje as pessoas se toleram menos e se conflitam mais. É preciso também ter uma iniciativa da própria sociedade em rever a sua postura e pensar um pouco em trazer a racionalidade para o convívio das pessoas”, conclui o coronel Roberson Luiz Bondaruk.

 

 

 

Por Marcia Santos

 

 

 

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