Localizada no centro da imagem, cercada por outras oito mulheres, a oficial ocupa uma das páginas do livro “Polícia Militar de Mato Grosso do Sul – Uma história de serviços prestados à sociedade”, lançado em setembro de 2012, época em que a instituição era comandada pelo coronel Carlos Alberto David dos Santos.

O exemplar de 300 páginas narra a trajetória da Polícia Militar de quando foi criado o Corpo Policial Homens do Mato, no século XIX, até o período em que foi escrito, com a polícia cidadã, comunitária e integrante da sociedade.

Oficiais - entre eles a tenente-coronel Itamara, e praças contribuíram com suas memórias e registros, em nostálgica e compensatória viagem da época de poucos recursos e força de vontade até a adaptação e uso de novas tecnologias.

Profissão

Itamara iniciou a carreira na polícia militar há 20 anos, na academia de Alagoas. Em Mato Grosso do Sul, fez cursos de agente de trânsito pelo Detran e de policiamento comunitário. Formou pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e em letras. 

A policial também atuou como comandante nos Batalhões de Porto Murtinho, Jardim, Coxim e de Trânsito na Capital. A oficial foi instrutora do Centro de Formação e subcomandante da Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito (Ciptran), onde presidiu diversos projetos educativos.

Tanta dedicação à profissão lhe rendeu memoráveis homenagens. Uma delas, em agosto de 2011, quando recebeu Título de Cidadã Campo-Grandense, na Câmara Municipal, em solenidade em comemoração ao aniversário da cidade. Na época, a oficial já era casada com o também policial militar Valdeni e tinham a filha, com 5 anos.

Em 2014, Itamara foi premiada em Três Lagoas, durante seminário ''Com as mulheres a Segurança Pública é Mais Huamana''. Atualmente, estava lotada no Tribunal de Justiça e havia sido promovida a tenente-coronel em maio deste ano.

O Crime

Itamara matou o marido que era major da PM, Valdeni Lopes Nogueira, com dois tiros na tarde de terça dia 12. Ela foi presa em flagrante, mas por ter necessitado de amparo psicológico, ainda não deu a sua versão dos fatos à polícia. Depoimento está marcado para às 15h de hoje, na 7ª delegacia, conforme o advogado dela José Roberto Rosa informou ao Portal Correio do Estado nessa manhã. (Com Correio do Estado)