Sábado, 14 Fevereiro 2015 01:55

Pinhão - Acusada de assassinato e absolvida em juri nesta sexta dia 13

Na manhã desta sexta dia 13. no Fórum de Justiça de Pinhão, aconteceu mais um julgamento, o segundo deste ano.

 

No banco dos réus sentou-se a senhora Iracema Correa dos Santos que assassinou com um tiro de espingarda calibre 32, Sérgio Camargo de Freitas.

 

Após ouvirem as testemunhas e também as declarações da senhora Iracema Correa dos Santos, a mesma foi absolvida pela maioria dos votos, segundo o advogado de defesa, Jeancarlo Líber Araújo o qual foi nomeado pela Justiça.

 

O fato ocorreu em 17 de dezembro de 2002 na localidade de Zatarlândia no distrito de Bom Retiro. "È uma situação bastante atípica justamente por ser uma pessoa do sexo feminino, fato incomum na Comarca de Pinhão como em qualquer outra comarca visto que os crimes mais violentos são praticados por homens. Outro fato que chama atenção é que o crime aconteceu em uma localidade rural e não na área urbana e todas as nuances devem ser analisadas", disse o promotor de justiça Bruno Ishimoto.

 

Das cinco testemunhas, duas trabalhavam com a vítima e recordaram que haviam escutado o tiro, outra comentou que os empregados da empresa Zattar, onde a vítima trabalhava sempre andavam armados e ameaçando os proprietários de terras próximos a empresa. O depoimento de um antigo morador das imediações e que conhecia muito bem as duas famílias, salientou que ficou sabendo do acontecido por outras fontes. Porém afirmou que "além de andar sempre armado, Sergio Camargo de Freitas era uma pessoa muito violenta e perigosa. Depois de ser admitido pela empresa passou a perseguir as pessoas até que elas abandonassem suas terras e se prevalecia dos mais humildes". A filha da ré também prestou informações.

 

Em suas declarações a ré contou que foram registrados alguns boletins de ocorrência contra a empresa e que havia uma medida judicial devido às ameaças que a família vinha sofrendo desde 1999. "Neste dia ele estava armado e eu pedi para que deixassem à cerca como estava Sérgio chamou outros dois indivíduos e começaram a correr atrás de mim. Eu estava com meu neto de sete anos e corri deles, estava com a espingarda e queria atira para assustar não para matar. Os funcionários do Zattar sempre ameaçavam as mulheres quando os homens não estavam em casa. Nunca mais tive sossego depois deste ocorrido".

 

A promotoria alegou que a vítima foi morta por motivo fútil e com dificuldade de defesa, mas o júri alegou que a ré agiu em legítima defesa e que os funcionários da Zattar estavam dentro de sua propriedade.

 

E assim depois de 12 anos, um mês e 27 dias chegou ao fim o processo da senhora Iracema Correados Santos. (Com Fatos do Iguaçu)

 

 

 

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