Segunda, 02 Dezembro 2013 09:16

Paraná - Mais de 3,5 mil travam luta contra a Aids no Oeste

Por mais avançada que a medicina esteja hoje em dia, ainda não há estudos suficientes para se chegar a cura da Aids.

 

 

Por isso, mais de 656,7 mil brasileiros travam diariamente uma luta contra a doença, que, embora não tenha cura, possui tratamento.

 

No entanto, o Ministério da Saúde calcula que o número seja muito maior, uma vez que uma em cada quatro pessoas não sabe que está infectada. A principal razão para esse desconhecimento é que a doença ainda é rodeada de muitos tabus, justamente por isso foi estabelecido o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, data que serve para ressaltar as orientações de prevenção e uma forma de combater o preconceito.

 

 

No Paraná, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde, desde 1984 – quando foi registrado o primeiro caso da doença no Estado -, até agosto deste ano, foram registrados mais de 31,3 mil infectados.  Esses pacientes recebem medicação e o tratamento adequado para sobreviver às reações provocadas pelo vírus. No Oeste do Estado, são mais de 3,5 mil pacientes que são atendidos pelas Regionais de Saúde de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu. Somente neste ano, foram verificados, respectivamente, 57, 17 e 41 casos novos, totalizando 115 casos. No ano passado, 207 pacientes receberam o diagnóstico de HIV positivo com o vírus já manifestado.

 

 

Os homens ainda são os mais infectados, uma vez que 61% dos casos de todo o Estado são masculinos. Contudo, a Sesa, ressalta que, paulatinamente, esse dado tem começado a se equiparar, ressaltando mais uma preocupação: a da epidemia silenciosa entre as mulheres. Por isso, os órgãos de saúde ressaltam o uso do preservativo nas relações sexuais, independente do grau de intimidade dos parceiros.

 

 

Conforme a coordenadora do programa estadual DST/Aids e hepatites, Elisete Maria Ribeiro, o principal  desafio dos órgãos de saúde é disseminar o diagnóstico precoce. “Por isso, há o teste rápido no Paraná. São 2602 profissionais capacitados para fazer teste rápido nas unidades de saúde de atenção primária e fazer campanhas de mobilização para interromper a disseminação do vírus. O que acontece muito é que o doente não sabe da sorologia e passa a infectar outras pessoas”, destaca.  

 

 

A Secretaria Estadual de Saúde trabalha com dois grupos considerados mais vulneráveis à doença: jovens e idoso adulto, conforme explica a coordenadora estadual, Elisete. “Não existe grupo de risco, existe situação de risco em todas as faixas etárias e em todos os ciclos de vida. Porém, os adolescentes, por conta da expressão da sexualidade e o número de relação sexual sem preservativo, estão mais expostos. Os idosos também são motivo de atenção, pois com o advento de estimulantes sexuais para os homens e da vibralização da mulher, eles têm estendido a vida sexual, porém por uma questão cultural eles não aderiram ao preservativo”, pontua.

 

Alerta

 

Entre as faixas etárias, os adultos de 35 a 49 anos ainda são os mais infectados no Paraná, com 42% de todos os casos. Em seguida, aparecem os jovens de 20 a 34 anos com 38% e os idosos de 50 a 64 anos com 15%. No entanto, ainda há registros de Aids em pessoas de mais de 80 anos. Inclusive, o aumento da doença entre a terceira idade tem sido um dos motivos de alarme do Ministério da Saúde, que até já até fez campanha para ressaltar a importância do sexo seguro mesmo na velhice. 

 

Apesar da gravidade da doença, Elisete Maria Ribeiro, ressalta que hoje é possível viver, muito e bem, mesmo sendo soropositivo: sem se privar de uma relação sexual ou de ter filhos, por exemplo.

 

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.  

 

 

 

 

 

Via O Paraná 

 

 

 

 

 

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