Terça, 24 Setembro 2013 10:08

Paraná - Só 37% das prefeituras administram bem o dinheiro público

Toledo e Corbélia têm a melhor e a pior avaliações da região da Amop.

 

 

A maioria das cidades brasileiras não administra seus recursos de forma satisfatória. É o caso de 3.418 municípios, 66,2% do País, que foram avaliados em situação fiscal difícil ou crítica.

 

 

Apenas 84 municípios do Brasil (1,6%) apresentam alto grau de eficiência na gestão fiscal. A região Sul sustenta o melhor desempenho, com 47,8% de seus municípios entre as 500 melhores gestões brasileiras, enquanto 72,2% dos 500 piores resultados pertencem ao Nordeste.

 

Os dados são do IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal) 2013, estudo desenvolvido pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para avaliar a qualidade de gestão fiscal dos municípios brasileiros. Foram analisadas 5.164 cidades do País, onde vive 96% da população.

 

No caso do Paraná, o IFGF analisou a situação fiscal de 393 dos 399 municípios do Estado, o que representa 98,6% da população paranaense. Os dados apontam que 63,4% das cidades do Estado foram avaliadas em gestão fiscal difícil ou crítica. Apesar disso, 34 (8,7%) municípios ficaram entre os 500 melhores desempenhos do País, enquanto 10 (2,5%) integram a lista dos 500 piores resultados. A preponderância dos resultados negativos se deve, sobretudo, ao elevado custo da dívida e aos baixos investimentos.

 

Entre os dez melhores municípios do ranking paranaense do IFGF, cinco obtiveram o conceito A, melhor classificação. Em comum entre eles, está o excelente desempenho no IFGF Liquidez. Em Maringá (1º), Pontal do Paraná (2º), Matinhos (3º) e Curitiba (4º), o bom resultado do IFGF Receita Própria foi decisivo para que figurassem entre as posições mais altas do ranking. A cidade de Pato Branco - 5ª no ranking estadual - teve um salto significativo de 23% por conta do crescimento dos investimentos. Completam a lista dos TOP 10 paranaenses Realeza, Toledo, Santa Helena, Ponta Grossa e Cascavel. Maringá, que também conquistou a 12ª colocação no ranking nacional, se destacou ao apresentar evolução em três variáveis e sustentar a nota máxima no IFGF Investimentos. 

 

DEZ PIORES

 

Na lista dos dez piores desempenhos, a falta de liquidez é o principal problema, já que sete municípios apresentaram resultados iguais a zero neste indicador, ou seja, terminaram o ano de 2011 com mais restos a pagar do que recursos em caixa.  Além disso, todos os 10 apresentaram baixo nível de investimentos (conceito D).  Os últimos colocados foram: Presidente Castelo Branco, Uraí, Kaloré, Lupionópolis, Conselheiro Mairinck, São Sebastião da Amoreira, Farol, Miraselva, São Jerônimo da Serra e Sertaneja, o último colocado em todo o estado.

 

Na 4ª posição no estado, segunda entre as capitais e 71º do ranking TOP 100 nacional, a cidade de Curitiba se destacou pelas elevadas receitas próprias, pelos baixos gastos com pessoal e pela boa administração de restos a pagar. O resultado baixo do IFGF Investimentos (0,3284 pontos) foi o único empecilho para que a capital obtivesse um resultado ainda melhor. Entre as cinco maiores cidades do estado em termos populacionais, Cascavel registrou queda em todos os indicadores, caindo da 3ª para a 10ª posição no ranking estadual.

 

Região Sul

 

A Região Sul representa quase a metade das cidades que integram o ranking dos 500 melhores colocados no ranking nacional do IFGF, com 47,8% de seus municípios no topo: Rio Grande do Sul tem 128 cidades, enquanto Santa Catarina, 77. O Sudeste aumentou sua participação no Top 500, de 31,8% em 2010 para 33% no ano seguinte, principalmente pela entrada de dez municípios de Minas Gerais ao ranking. São Paulo permaneceu com a segunda maior quantidade de cidades entre os 500 maiores resultados do país, ainda que tenha apresentado redução de 100 para 92 municípios.

 

Entre os 500 piores resultados, a predominância continua sendo da Região Nordeste, que tem 72,2% de seus municípios entre os desempenhos mais insatisfatórios.

 

O IFGG

 

O IFGF é uma ferramenta simples e disponível para consulta pública no site do Sistema FIRJAN (www.firjan.org.br/ifgf). O estudo permitiu, pela primeira vez no ano passado, que todo cidadão brasileiro pudesse se inserir na discussão sobre a qualidade da gestão fiscal de sua cidade.

 

 

 

 

Fonte - O Paraná

 

 

 

 

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