Sábado, 14 Setembro 2013 08:53

Paraná - Oeste supera média nacional em redução de mortalidade infantil

A maioria das doenças relacionadas à gestação pode ser prevenida durante a gravidez apenas com o pré-natal.

 

 

Os dados do programa Mãe Paranaense, do governo estadual, provam isso.

 

O trabalho de prevenção realizado pela iniciativa começa a ter reconhecimento nacional em virtude dos bons resultados apresentados no que se refere à redução de casos de mortalidade infantil. O balanço leva em conta o número de mortes de crianças até um ano de idade por mil nascidos vivos. A mortalidade infantil no Paraná caiu 4% em 2012, registrando 11,6 óbitos a cada mil nascidos vivos, enquanto a média nacional é de 15,6 a cada mil nascidos vivos. O índice é um dos menores do País.

 

O Oeste tem dados ainda mais positivos. No ano passado, das três regionais de saúde na região, apenas a 20ª de Toledo não apresentou redução menor que a do Paraná, com média de 11,94 óbitos a cada mil nascidos vivos. Já as regionais de Cascavel e Foz se superaram, respectivamente, com 8,98 e 10,62. Dessa forma, o Oeste totaliza uma média que corresponde a 10,51 a cada mil nascidos vivos, ou seja, a região se sobressai e supera as médias nacional e estadual.

 

Ainda no que se refere à mortalidade, em dois anos e meio, o Estado apresentou redução de 41% nas mortes das mães, a maior do Brasil.

 

Para a chefe da Vigilância Sanitária da 20ª Regional, Claudia Mazieri, esses índices são reflexo direto da assistência oferecida às grávidas do Paraná. “A população tem gratuitamente, por meio da Rede Mãe Paranaense, acesso a medidas de prevenção. A primeira, ainda na rede básica de atenção à saúde, é o pré-natal, que preconiza, no mínimo, sete consultas durante a gestação, além de ultrassons, exames e aferição de pressão e medidas. Caso seja identificado um problema, a própria rede encaminha a mãe para o acompanhamento de complexidades. Todo esse trabalho é feito em prol da saúde tanto da mãe quanto do bebê. A prevenção reduz drasticamente as chances de mortalidade, pois há toda uma equipe de profissionais preparada para dar suporte à gravidez e ao nascimento”, explica.

 

Segundo ela, a informação também tem sido essencial para que as gestantes busquem o atendimento. “Em razão disso também incentivamos o parto normal, que, conforme alguns estudos, é considerado o melhor para o bebê, pois a criança nasce quando a natureza estipula. Além disso, a maioria dos internamentos de UTI neonatal são de cesáreas. Ou seja, o parto normal, além de ser melhor para a mãe e bebê, também auxilia o sistema, uma vez que, por vezes, não se necessita de internamento”, defende. 

 

NACIONAL

 

A mortalidade infantil no Brasil caiu de 69,1 por mil nascidos vivos, em 1980, para 12,9 por mil, em 2012, o que representa queda superior a 75%, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Conforme o instituto ainda, a mortalidade caiu em todos os grupos etários, mas a redução foi maior nos grupos infantil (até 4 anos) ou infantojuvenil (de 5 a 14 anos), por causa de programas do governo federal e de organizações não governamentais com foco na diminuição da mortalidade infantil.

 

Aleitamento materno, melhoria nas condições de saneamento básico e higiene pública, campanhas de vacinação, maior acesso da população aos serviços de saúde, maior escolaridade da mãe e política de assistência básica às gestantes são programas que efetivamente têm forte impacto na diminuição da mortalidade materna e infantil.

 

Morte

 

A mortalidade infantil pode ser desmembrada em neonatal (referente ao primeiro mês de vida) e a pós-neonatal (do primeiro mês ao primeiro ano de vida). Na fase pós-neonatal, a morte está associada a fatores sociais e econômicos.

 

REDE MÃE PARANAENSE

 

O programa Mãe Paranaense foi lançado para estimular ações de pré-natal e de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, especialmente no primeiro ano de vida. O objetivo da rede é reduzir as mortes de mães e crianças em todas as regiões do Estado. Em 2012, mais de R$ 90 milhões foram investidos para a implantação do programa e está prevista a aplicação de mais R$ 126 milhões até o fim deste ano.

 

É um conjunto de ações que envolve a captação precoce da gestante, o seu acompanhamento no pré-natal, com no mínimo sete consultas, a realização de 17 exames, a classificação de risco das gestantes e das crianças, a garantia de ambulatório especializado para as gestantes e crianças de risco e a garantia do parto por meio de um sistema de vinculação ao hospital, conforme o risco gestacional.

 

 

 

 

 

Fonte - O Paraná 

 

 

 

 

 

 

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