Mesmo assim, a disputa pelas vagas foi concorrida. Muitos encararam o desafio como uma oportunidade de enriquecimento profissional e, também, de mostrar que o Brasil é capaz de organizar grandes eventos.
Um desses casos é o do estudante de educação física Edson Soares da Silva, de 23 anos. O paranaense, que hoje mora no Rio Grande do Sul, revelou ao Portal da Band que gastou cerca de R$ 2 mil para conseguir trabalhar como voluntário na Copa das Confederações, em Brasília.
“Cheguei à cidade na sexta-feira da última semana”, explica o estudante, torcedor do Corinthians. “Consegui a hospedagem em um albergue, o que amenizou um pouco as contas. No total, entre passagem, hospedagem e alimentação, o valor que eu gastei ficou em torno de R$ 2 mil”.
Edson Silva afirma que a experiência de trabalhar em Brasília será única. “Outras pessoas colocam pessimismo e reclamam, falando que o evento vai ser ruim. Mas eu acredito que tudo dará certo. Por isso estou fazendo a minha parte”.
A rotina de Edson Silva é dura. Nesta sexta-feira, ele trabalhará das 9h às 16h na parte de proteção do meio-ambiente, que trata em fiscalizar dentro do estádio Mané Garrincha se a coleta do lixo é feita da forma correta.
Sobre os comentários maldosos de “trabalhar sem remuneração”, Edson Silva afirma que pensa nos benefícios que pode ter em sua vida profissional pela experiência em Brasília. “É a cultura brasileira de achar que é trabalhar de graça. Mas temos de entender que não é só pelo fato de ser remunerado que você terá benefícios”.
Com o desejo de estar presente também na Copa do Mundo como voluntário, Edson Silva ficará em Brasília até o domingo, quando encerra os trabalhos na capital – o jogo entre Brasil e Japão será o único realizado no local pela Copa das Confederações.
Fonte - Band