Segunda, 22 Maio 2017 11:42

Paraná é o terceiro estado do País com maior número de escoteiros

O lema escoteiro “sempre alerta” ecoa com cada vez mais força no Paraná diante da crescente que o movimento tem registrado ao longo dos últimos anos.

 

Hoje são 9 mil escoteiros espalhados entre os 112 grupos existentes no estado, dos quais 48 estão em Curitiba e Região Metropolitana.

 

Isso coloca o Paraná em terceiro lugar no ranking nacional em número de praticantes, atrás apenas de São Paulo e Rio Grande do Sul. E a expectativa é crescer ainda mais.

 

De acordo com Douglas Junior Ferreira, coordenador regional de comunicação da União dos Escoteiros do Brasil – Região do Paraná (UEB-PR), a expectativa é que o número de escoteiros no estado cresça mais de 11% neste ano, atingindo a marca de 10 mil adeptos ao final de 2017.

 

Para alcançarem o objetivo de divulgar ainda mais o escotismo e seus valores, os escoteiros do Paraná realizaram no último final de semana o EducAção Escoteira em escolas públicas de 12 municípios do estado, numa ação que envolveu entre 30 e 40 grupos.

 

Somente em Curitiba foram seis escolas e 12 grupos envolvidos na iniciativa, que contou com a participação de aproximadamente 4 mil pessoas.

 

“O movimento escoteiro é o maior movimento educacional não formal do mundo, presente em cerca de 230 países. É um tipo de educação que não segue os padrões da escola, mas segue as diretivas educacionais. Então facilita esse contato (com as escolas)”, aponta Douglas.

 

“É um agregador (o escotismo). Temos relatos de escolas que mantém grupos escoteiros, o que é um acréscimo pedagógico para os alunos”, completa.

 

Manter o movimento em alta, porém, não é uma tarefa fácil. Em tempos de alta tecnologia, fazer os jovens largarem o mundo virtual e desenvolverem suas habilidades pela ação pode ser um verdadeiro desafio. Por isso, os escotistas (adultos voluntários que atuam dentro do movimento) precisam literalmente “se virar nos 30”.

 

“O grupo escoteiro tem alguns pilares e um deles é que as atividades tem de ser atrativas e variadas, isso para que a crianças voltem na semana seguinte. E isso é um grande desafio para os adultos”, afirma Douglas.

 

“Fazemos muitas atividades que envolvem cordas, escaladas, aventuras em trilhas, tomar banho de rio... São coisas que as crianças não têm mais hoje em dia, então acabamos ganhando muitos jovens por isso. O movimento escoteiro vem se adaptando e tem se tornando mais atrativo.”

 

Curitiba tem praça que homenageia o fundador

 

Curitiba tem um logradouro que homenageia o escotismo. O Largo Baden Powell, também conhecido como praça do escotismo, no bairro Rebouças, foi revitalizado em 2007, ano do centenário do escotismo no mundo.

 

Foi a primeira grande reforma do largo, desde meados da década de 1960, quando foi implantado.

 

Com 942 metros quadrados, o Largo Baden Powell, que leva o nome do fundador do escotismo, fica na confluência das avenidas Sete Setembro e Afonso Camargo com a rua Mariano Torres. O largo é um importante ponto de embarque e desembarque de passageiros do transporte coletivo.

 

Quatro feixes de bambus com sete metros de altura sustentam as pontas de refletores.

 

À noite, o reflexo da luz nos feixes projeta imagens de raios de sol no piso do largo. No local também há uma estátua em bronze do escoteiro.

 

O escotismo é um movimento mundial que surgiu há 100 anos na Inglaterra. No Paraná, são perto de 9 mil escoteiros, dos boa parte estão em Curitiba.

 

Em abril de 2007, o então prefeito Beto Richa assinou uma lei incluindo no calendário oficial da cidade a data 23 de abril como Dia Municipal do Escoteiro em Curitiba.

 

Como fazer parte de um grupo?

 

Para aqueles que gostariam de conhecer mais de perto o movimento escoteiro do Paraná, uma boa notícia: a atividade é acessível para todos os bolsos. A maior parte dos grupos realiza seus encontros nos sábados de tarde, com duranção de aproximadamente três horas.

 

Para se manter, os grupos também costumam cobrar mensalidades, cujos valores variam muito de grupo para grupo.

 

Como as opções são muitas, porém, há opções para todos os bolsos. Além disso, aqueles que não têm condição de pagar a mensalidade podem ingressar em algum grupo como sócio-carente, ficando dispensado de pagar o valor.

 

“Uma família que quer colocar o filho num grupo, conhecer o movimento, deve localizar o grupo mais próximo, fazer uma visita e conversar com os adultos da chefia, que vão passar todas as orientações.

 

A criança então vai frequentar uns três encontros para conhecer mais, ver se ela gosta, e depois desse período introdutório faz o registro nacional e aí vem os procedimentos normais da vida escoteira”, explica o coordenador de comunicação da UEB-PR.

 

No site oficial da União dos Escoteiros do Paraná (www.escoteirospr.org.br) o leitor encontra a lista com todos os grupos de escoteiros do Paraná e seus respectivos endereços e telefones para contato.

 

Avançando, mas com consciência

 

O movimento escoteiro é dividido em alguns ramos pela faixa etária dos participantes: Ramo Lobo (7 a 10 anos), Ramo Escoteiro (10 a 15 anos), Ramo Sênior (15 a 18 anos) e Ramo Pioneiro (18 a 21 anos).

 

Essa trajetória, porém, não acaba aos 21. Depois de completar essa idade, muitos continuam no movimento e passam a ser escotistas, que são os adultos que trabalham voluntariamente na chefia de tropas ou na diretoria de grupos escoteiros.

 

A dificuldade para se encontrar voluntários, porém, é grande e acaba sendo uma espécie de freio para a crescente do movimento, segundo explica Douglas Junior Ferreira.

 

“O movimento é pouco divulgado ainda, até porque depende de adultos voluntários que estejam preparados para essas atividades. Então tem de crescer com consciência porque temos limitação, trabalho voluntário não é qualquer um que se dispõe. Por isso crescemos na medida em que conseguimos adultos.”

 

Não é só o movimento, porém, que vem crescendo com consciência. Isso também acontece com os próprios jovens escoteiros, sempre incentivados a aprender as coisas autonomamente.

 

“Trabalhos muito a questão de ser responsável pelo seu próprio crescimento. No escotismo ninguém vai fazer nada por você”, explica. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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