O termo de aditivo está em análise na Agepar (Agência Reguladora do Paraná) e deve seguir para o governador Beto Richa na próxima semana e, se não houver nenhuma observação da agência, será dada a ordem para o início das obras.
De acordo com Vianna os dois trechos que devem ser duplicados – os 9,4 km em Cascavel e 6 km em Guarapuava – não terão impacto na tarifa do pedágio, assim como a duplicação que está sendo concluída em Matelândia e que deverá ser inaugurada em outubro. Já para novos investimentos em duplicação, somente com negociação de prazo da concessão ou degrau tarifário. No caso da duplicação de Matelândia não haverá impacto na tarifa porque o que o aumento adicional ocorreu uma majoração no valor do pedágio pago pelos motoristas.
A duplicação entre os dois trevos em Cascavel deve demorar dois anos e meio. O trecho compreende o Trevo Cataratas, um entroncamento de três rodovias federais, até o acesso do distrito São João, no sentido Curitiba.
A duplicação entre os quilômetros 574 e 584, já havia sido anunciada pelo governador Beto Richa há dois anos. Em fevereiro, durante o Show Rural Coopavel, o governador disse que a mudança de composição societária da concessionária, fez com que as negociações ficassem paralisadas e, por isso, as obras atrasaram. À época, Richa prometeu que a duplicação iniciaria em maio.
A Ecocataratas já abriu licitação para contratar a empresa que vai realizar a duplicação em Cascavel. “Eu espero que no mais tardar na semana que vem a gente já possa comunicar oficialmente o início das obras, tenho quase certeza que em agosto sai. Uma prova disso é que a Ecocataratas já deu início à licitação das empresas para a construção”, afirma Vianna.
Números
Nestes 18 anos – 1998 à 2015 – de rodovia pedagiada entre Foz do Iguaçu e Guarapuava, a concessionária teve uma receita de R$ 3,2 bilhões com arrecadação de pedágio. Já os investimentos do pedágio foram de R$ 1 bilhão. Além da arrecadação com pedágio, a concessionária também as chamadas receitas acessórias, que renderam R$ 130,7 milhões. Essas receitas são oriundas de publicidade em painéis nos pedágios e de empresas que usam a faixa de domínio para colocar rede de fibra ótica, por exemplo.
A Ecocataratas é empresa responsável pela administração de 387,1 quilômetros da rodovia BR-277 entre os municípios paranaenses de Guarapuava e Foz do Iguaçu. A rodovia é um dos mais importantes corredores de escoamento agrícola do Oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul até o porto de Paranaguá. Além disso, a BR-277 é um dos principais caminhos para as Cataratas do Iguaçu e para o restante da América Latina, através da fronteira do Paraná com Paraguai e Argentina. São cerca de 11 milhões de veículos por ano, sendo que aproximadamente 55% referem-se ao transporte de cargas.
Por Luiz Carlos da Cruz