O técnico de som da Associação Evangelizar é Preciso Anderson Luiz Cunha e o filho Gabriel Cunha, de 13 anos, estavam em um dos veículos que foram atingidos e morreram carbonizados no acidente. A terceira vítima fatal, que seria a namorada do homem, ainda não foi identificada. Os três saíram de Curitiba pela manhã e foram passar o dia no litoral do estado, uma viagem comum para os moradores da capital.
Encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Paranaguá, os corpos das vítimas vão precisar de exames de DNA para ser identificadas oficialmente, por causa da carbonização.
O bebê, encontrado próximo ao veículo em que a família curitibana estava, não pertence a família Cunha, de acordo com parentes. Ontem, a Polícia Rodoviária Federal chegou a divulgar que a criança teria sido arremessada por um dos pais para fora do veículo, baseada em relatos de testemunhas do acidente. O bebê, com cerca de 40 dias de vida, não teve ferimentos e foi encaminhado para o Hospital Evangélico, em Curitiba.
Os policiais não descartam a possibilidade de o bebê não ter relação com o acidente e trabalham com a versão que de ele teria sido abandonado no local antes do ocorrido. A hipótese é baseada no estado da criança, que foi encontrada praticamente sem lesões.
Outros feridos
Outros dois feridos, um homem e uma mulher, ambos com queimaduras de 2º grau, foram encaminhados ao Hospital Evangélico. Outros foram encaminhados para o Hospital Regional de Paranaguá.
O acidente
Segundo Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhão carregado de etanol atravessou a pista e tombou na região de Morretes. Uma explosão atingiu os outros veículos. Doze pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital de Paranaguá e para o Hospital Evangélico, em Curitiba, uma delas em estado grave. Três pessoas morreram. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) em Curitiba e devem ser identificados através de exame de DNA.
A rodovia foi totalmente tomada pelas chamas e bloqueada na altura do quilômetro 33 por volta das 18h, em ambos os sentidos. As pistas nos dois sentidos só foram parcialmente liberadas por volta de 0h20 e totalmente liberadas à 1h. O caminhão permanece no acostamento, sinalizado, e deve ser retirado nesta segunda-feira (4) durante o dia. Seis caminhões guinchos foram usados durante a noite no local do acidente, informou a PRF.
“Foi um caminhão de álcool que tombou, atingiu vários veículos. A neblina densa ainda atrapalha a visibilidade. As equipes estão trabalhando no local”, explicou um agente da PRF no momento do atendimento. Segundo um motorista que estava parado na fila do sentido Paranaguá, o acidente deixou várias vítimas. “O caminhão perdeu o freio e atravessou a pista e pegou vários carros. Muita gente gritando. Gente queimada. Parece cena de guerra. Nunca tinha visto uma coisa dessas”, disse emocionado.
Outra usuária da rodovia relatou que um carro caiu em chamas no barranco ao lado da estrada. “Um carro caiu lá pra baixo pegando fogo. Explosões assim. A gente desceu na contramão e pegamos a Estrada da Graciosa”, conta.
Homicídio culposo
O motorista que conduzia o caminhão que causou o grave acidente da BR-277 neste domingo dia 03, no início da noite, foi preso e deve responder por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Ele teria dito, aos policiais, que o caminhão ficou sem freios. O motorista realizou o teste do bafômetro, que não indicou a ingestão de álcool. (Com Paraná Portal)