Segunda, 29 Fevereiro 2016 14:28

Paranaenses apresentam menor nível de endividamento dos últimos 12 meses

Os paranaenses estão menos endividados de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela CNC e divulgada pela Fecomércio PR.

 

Em fevereiro, 85,5% das famílias possuem algum tipo de dívida, uma redução de 0,2% com relação a janeiro. 

 

Também houve melhora na condição de pagamento dos débitos, sendo que 24,2% dos consumidores estão com contas em atraso, ante 25,7% em janeiro, o que representa redução de 5,8%. Em fevereiro de 2015, 25,1% dos paranaenses estavam com as contas atrasadas.

 

Os devedores sem condições de pagar as dívidas também diminuíram e totalizam 9,5% em fevereiro, ante 11,4% em janeiro e 10,6% no mesmo mês do ano passado.

 

A recuperação dos níveis de endividamento e inadimplência no Paraná coincide com a média nacional, que mostrou melhorias, fechando a média de fevereiro com 60,8% de endividados ante 61,8% em janeiro. Os brasileiros com contas em atraso somam 23,3% e os que não terão condições de saldar as dívidas são 8,6%.

 

Além da crise político econômica, é bastante comum que as famílias encontrem maiores dificuldades para honrar seus compromissos financeiros, uma vez que o início do ano concentra impostos, taxas e gastos extras. Mas apesar disso, a pesquisa aponta que os consumidores estão priorizando quitar seus débitos anteriores e evitando se endividar novamente, o que é positivo para o comércio, pois tal postura favorece a recuperação da capacidade de compra.

 

Nível de endividamento

Dentre as famílias endividadas no mês de janeiro, 24% têm a percepção de estar muito endividadas. Tal sensação é mais evidente entre as famílias com renda até dez salários mínimos, em que 25,2% possuem alto patamar de dívidas, ante 23,6% entre aquelas com renda superior. Apesar da melhora, o nível de endividamento do Paraná continua um dos mais altos do país, com 24% dos paranaenses no limite de dívidas, ante 13,8% da média nacional. Pelo contrário, a maioria dos brasileiros, 38,9%, afirma não ter dívidas.

 

Tipos de dívida 

O cartão de crédito concentra a maioria das dívidas, com 72%. Houve queda em sua utilização com relação ao mês passado, quando representava 73% dos débitos. 

 

O financiamento imobiliário e o financiamento de veículos, apesar da maior restrição dos bancos à concessão crédito, continuam sendo outros dois principais meios de endividamento, com 10% cada. O crédito pessoal e os carnês aparecem na sequência, com 3% cada, já o cheque especial e o cheque pré-datado aparecem com 1%, respectivamente.

 

Entre os endividados com contas atrasadas, em 49,7% dos casos o atraso é superior a 90 dias, e arriscam ter seu cadastro de pessoa física (CPF) incluso nos sistemas de proteção ao crédito. O tempo médio de comprometimento com as dívidas é de 6,8 meses no Estado. 

 

O percentual médio da renda dessas famílias comprometida com dívidas é de 32,2%, sendo que 20,3% dos consumidores têm mais da metade dos rendimentos já vinculados a dívidas. Em fevereiro de 2015, 19% das famílias estavam com boa parte da renda comprometida com o pagamento de dívidas. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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