Quarta, 15 Julho 2015 11:30

A cada dois dias, um ciclista morre no Paraná

Entre os anos de 2003 e 2013, uma média de 14 ciclistas perderam a vida por mês no Paraná, ou aproximadamente um óbito a cada dois dias.

 

Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DataSUS), do Ministério da Saúde levantados pelo Bem Paraná, foram 1.850 mortes em onze anos, o que coloca o Estado como o segundo mais violento do país para usuários de bicicleta, atrás somente de São Paulo, que no mesmo período registrou 2.864 mortes (média de 22 óbitos mensais).

 

Os dados do SIM/DataSUS apontam que o Paraná é responsável por um em cada nove acidentes fatais envolvendo ciclistas no Brasil. Por outro lado, o Estado tem conseguido ao longo dos últimos anos reduzir o índice de mortes.

 

Até 2006, o Paraná registrou pelo menos 190 mortes de usuários de bicicleta em acidentes de trânsito, sendo que até 2005 o Paraná era o “campeão” em morte de ciclistas no país. Desde então, os índices têm registrado melhora. Entre 2003 e 2008 (quando entrou em vigor a Lei Seca), a média era de 16 ciclistas mortos por mês. Entre 2009 e 2013, foram cerca de 12 acidentes fatais envolvendo ciclistas mensalmente, uma queda de 25%.

 

Desde 2008, quando 182 ciclistas perderam a vida no trânsido paranaense, o número de mortes vem caindo gradativamente. Em 2013, foram 134 óbitos, o menor índice desde 2000 (107 mortes).

 

Segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), a queda no número de acidentes que resultaram na morte de ciclistas tem relação com o trabalho de conscientização feito pelo órgão, que foi o primeiro do país a implantar questões sobre ciclistas na prova teórica para primeira habilitação.

 

Com isso, das 30 questões que compõem o exame, pelo menos uma será diretamente relacionada ao tema. Além disso, nos cursos de reciclagem, são entregues cartilhas sobre ciclistas como material de apoio e testes aplicados ao fim de cada módulo abordam o tema.

 

“Nós, do Detran, trabalhamos para conscientizar motoristas e ciclistas sobre o respeito mútuo que deve existir no trânsito. Temos investido em educação para que o número de acidentes diminua e mais vidas sejam poupadas”, afirmou o diretor-geral do Detran, Marcos Traad, em reportagem públicada em abril pelo próprio órgão de trânsito. (Com Bem Paraná)

 

 

 

Veja também:

Entre para postar comentários