Com a decisão de estabelecer 3,45% (referente à inflação de maio a dezembro de 2014) em uma única parcela em outubro deste ano, os docentes vão realizar uma assembleia nesta quarta, dia 24, para decidir sobre a continuidade ou não das paralisações.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Docentes (Adunicentro), Denny Willian, a reposição aprovada abaixo da inflação demonstra a intransigência do governo com os educadores. “Os professores da UNicentro e demais universidades receberam o resultado desta votação com bastante indignação, dias antes o secretário da Fazenda demonstrou na Assembleia Legislativa o crescimento da receita e ficou claro que havia condições de cumprimento da legislação com a reposição de 8,17%, mas o governo fez uma opção política, aprovando algo abaixo do previsto, gerando perdas aos servidores, com redução salarial”, destacou.
Denny citou uma série de conquistas da greve, entre elas a manutenção de alguns direitos das universidades. “Nós temos a dizer que o processo de greve que vem se dando desde fevereiro deste ano, nós conseguimos a retirada do projeto de autonomia universitária, a restituição das verbas de custeio, retirada do projeto Meta 4, mas infelizmente não conseguimos a não alteração da previdência, quando houve o massacre dos servidores em praça pública”, afirmou.
A proposta estabelece o pagamento de 3,45% (referente à inflação de maio a dezembro de 2014) em uma única parcela em outubro deste ano. A inflação de 2015 será zerada em janeiro de 2016. Já as perdas inflacionárias de 2016 serão pagas em janeiro de 2017, quando os servidores também ganharão um adicional de 1%. Além disso, o projeto prevê a reposição do IPCA de janeiro a abril de 2017, a ser paga em 1.º de maio daquele ano, quando a data-base do funcionalismo voltará a ser em maio e não mais em janeiro.
Em Guarapuava, a assembleia acontece às 14:00 hrs no Auditório Francisco Contini do Campus Santa Cruz, e em Irati, no mesmo horário, no Auditório Denise Stoklos. (Com Olho Aberto)