Sexta, 15 Maio 2015 13:30

APP rejeita proposta do governo e indica manutenção da greve

A direção da APP-Sindicato divulgou nota hoje indicando pela continuidade da greve dos professores e funcionários de escolas estaduais – que já dura 21 dias – diante da proposta do governo de reajuste salarial de 5%, parcelado em duas vezes, anunciado ontem, além da ameaça de corte de salários dos grevistas e abertura de processo seletivo para a contratação de temporários, para substituir os que aderiram à paralisação.

 

A categoria – que reivindica reposição de 8,17% da inflação – promove ainda um novo ato de protesto no Centro Cívico, na próxima terça-feira, quando o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais deve discutir a possibilidade de uma greve geral do funcionalismo.

 

O Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários) e o SindSaúde (Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná), também divulgaram notas em repúdio à proposta do governo e sinalizaram a intenção de aderir à greve geral. 

 

Além de anunciar o reajuste, o governo suspendeu as negociações com os sindicatos após uma única reunião, realizada na última terça-feira. E anunciou não só o corte dos salários dos grevistas, como a abertura de processo seletivo para a contratação de professores temporários e a abertura de processo administrativo contra diretores que tenham mantido escolas fechadas ou impedido a entrada de funcionários.

 

“É assim que o governador Beto Richa tratou e trata educadores e educadoras: primeiro com bombas, balas, depois o descaso, descompromisso, retirada de direitos, descumprimento de leis estaduais com a lei da data-base e lei nacional como a lei do piso e, agora, surgem as ameaças, a coação e assédio àqueles e àquelas que exercem o pleno direito constitucional de greve”, diz o texto divulgado pela APP. “Mas ele não nos calará! Não calará os diretores e diretoras de escola e demais educadores e educadoras que continuam firmes no movimento de greve e resistirão às ameaças da exceção. Não nos calou quando fomos ameaçados que pela violência física das armas no dia 29 e muito menos nos calará pela violência simbólica do retorno à escola sob ameaça das faltas, possíveis processos administrativos, troca por PSS entre outras medidas”, afirma o sindicato, que deve reunir os diretores de escolas para discutir as medidas jurídicas contra os processos que o governo ameaça abrir contra eles. 

 

“Do lado de cá, nos manteremos atentos, vigilantes, mobilizados e ainda em greve porque o governo escolheu o caminho da exceção, da ameaça e do medo, comuns de governantes déspotas”, afirma a entidade.

 

O governo alega que nos últimos quatro anos concedeu aumentos nos salários acima da inflação para quase todas as categorias do funcionalismo público e que não tem condições de oferecer reajuste maior no momento em função dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O Executivo não divulgou números atualizados sobre as despesas com pessoal. Na prestação de contas do Estado feita pelo secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, no início de março, a informação era de que a despesa de pessoal do Executivo em 2014 ficou em em 46,76% da receita corrente líquida, pouco acima do limite prudencial da LRF, de 46,5%. O governo argumenta ainda que de 2011 a 2014, a média de reajuste do salário base do funcionalismo foi de 63,6%, contra uma inflação acumulada para o período foi é de 26,7%.

 

 

 

 

Com Bem Paraná

 

 

 

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